O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, considerou esta quinta-feira que a abstenção do PSD na proposta do Governo de Código do Trabalho revela que os sociais-democratas não têm uma «posição alternativa consistente a apresentar».
«O PSD abster-se significa que não tem uma posição alternativa consistente a apresentar. Mas, do mal, o menos, diria eu», afirmou Alberto Martins, em declarações aos jornalistas no final da reunião da bancada socialista.
PUB
Esta quinta-feira de manhã, o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, anunciou que os sociais-democratas irão abster-se em relação à proposta do Governo de Código do Trabalho na generalidade, por entenderem que o diploma tem aspectos positivos e negativos.
«Nós não estamos contra mas também não podemos estar a favor. Logo veremos se haverá aqui alguma evolução. Depois, enfim, na votação final global a posição em princípio será esta [abstenção], mas se houver aqui algumas mudanças temos disponibilidade para a rever», resumiu Paulo Rangel, adiantando que o partido irá apresentar propostas de alteração.
«Há imensas questões que vamos trazer com certeza e na especialidade vamos dar a nossa colaboração, apresentando propostas de alteração ou de melhoria de redacção. Tudo isso será feito a seu tempo», referiu.
Questionado sobre esta posição dos sociais-democratas e sobre a disponibilidade do PS para introduzir alterações à proposta que será discutida esta quinta-feira à tarde no plenário da Assembleia da República, o líder da bancada socialista manifestou a «total disponibilidade para um debate aprofundado».
Contudo, acrescentou, esse debate terá de ser realizado no quadro do acordo alcançado na concertação social.
Alberto Martins reiterou ainda o apoio dos socialistas à proposta do executivo de José Sócrates, considerando tratar-se de «um bom Código», que reforça as condições de segurança e a flexibilidade, além de representar uma boa solução para as empresas e ser «bom para o progresso».
PUB