Queiroga Figueiredo, presidente SLN Valor e um dos nomes presentes na comissão de honra da recandidatura de Cavaco Silva, afirmou à «TSF» que o ainda Presidente da República terá «perdido dinheiro» quando vendeu as acções BPN, em 2003. E admitiu ainda que este tenha tido «acesso a informação que outros não tiveram».
«O valor de 2,40 cêntimos, para aquilo que era praticado na altura é um valor até abaixo do que era a maioria das compras. Nesse ano, a média foi 2,80 no ano antes 2,77 e no ano seguinte, 2,85», recorda Queiroga Figueiredo.
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Mesmo assim, Queiroga Figueiredo fala em «valores normais»: «Como estou a dizer, numa altura de crise não acontece, mas numa situação normal, numa entidade que estava quase no inicio é natural que haja uma valorização e até foram vendidas acções por valores superiores a esses».
Quanto ao valor que Cavaco Silva pagou inicialmente, o actual presidente da SLN Valor defendeu em declarações à TSF que quem «tem de explicar foi quem vendeu».
«Ele não me disse nem tem que me dizer, mas, para mim, ele deve ter percebido que as coisas não estavam a correr bem e quis sair». Até porque, na sua opinião «ninguém vai comprar acções só por dois anos».
«Talvez tenha tido algum feddback... deve ter tido acesso a alguma informação que nós possamos não ter...», admite.
«Eu que sei e conheço o professor Cavaco Silva, que pauta a sua vida toda pela seriedade e transparência... vejo o homem a sair» e a pensar «que faço com as acções?»
No ano em que Cavaco Silva comprou havia títulos a serem vendidos a 2,50 e o custo de «um euro quem tem de explicar é quem as vendeu». «Eu também comprei a um euro», acrescenta.
Queiroga Figueiredo explica, por exemplo, que isso acontecer «é muito fácil. Basta ter havido um aumento de capital... Ou alguém ter decidido que era um aumento de capital, porque houve aumentos de capital que foram decididos por accionistas a um euro» para o seu valor ser esse.
E como, a empresa não estava cotada em bolsa, dirigir uma carta ao presidente do BPN, Oliveira e Costa «era um procedimento normal», que também ele fez.
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