O candidato presidencial Cavaco Silva disse esta quinta-feira não ter «nenhum comentário a fazer» sobre as notícias que referem que terá vendido as acções que detinha da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) à própria SLN por 2,40 euros.
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Questionado sobre a notícia avançada esta noite pela SIC e pela edição online do jornal «Expresso» de que Oliveira e Costa José Oliveira Costa, antigo presidente da Sociedade Lusa de Negócios e do BPN, assinou, pelo próprio punho, o despacho da venda das acções de Cavaco Silva na SLN a dois euros e 40 cêntimos cada uma, o candidato apoiado pelo PSD, CDS-PP e MEP disse ter nenhum comentário a fazer.
As acções terão sido compradas a um euro cada, o que na prática se traduz numa mais valia superior a 140 por cento a favor de Cavaco Silva.
Veja o documento do jornal Expresso
«Não, não tenho nenhum comentário a fazer», afirmou, em declarações aos jornalistas à entrada para um jantar-comício em Loulé, no Algarve.
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Instado a dizer se tal informação é verdade, Cavaco Silva disse aos jornalistas para lerem o semanário Expresso.
Em maio de 2009, o jornal Expresso noticiou que em 2003 o Presidente da República vendeu 105.378 acções da SLN por 2,40 euros cada, títulos que tinha comprado por um euro.
Segundo revelava o semanário, documentos a que tinha tido acesso mostravam que, a 17 de Novembro de 2003, Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, Oliveira Costa.
Ainda segundo o semanário, Oliveira e Costa determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.
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