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Guantanamo: países da UE devem ser claros, diz MNE

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Eurodeputada Ana Gomes considera que quem colaborou deve agora acolher os cerca de 60 inocentes

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, espera que os Estados-membros da União Europeia «clarifiquem» se estão dispostos a acolher os prisioneiros de Guantanamo, como forma de ajudar o novo presidente dos EUA, Barack Obama, a encerrar a prisão, noticia a Lusa.

«Acredito que haverá um debate no qual a posição dos diferentes estados sobre a colaboração da UE com a administração americana para o encerramento de Guantanamo será clarificada», disse Luís Amado à entrada de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 em Bruxelas.

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A União Europeia vai debater segunda-feira, a pedido de Portugal, a possibilidade de acolher os detidos da base naval de Guantanamo como forma de ajudar o novo presidente dos EUA, Barack Obama, a encerrar aquela prisão em Cuba.

Mas os 27 estão divididos sobre a questão. Áustria e Bélgica já fizeram saber que consideram tratar-se de um problema interno dos EUA. Outros, como Portugal, Finlândia, Suécia, Reino Unido, Irlanda, França e Espanha mostraram-se dispostos a receber os prisioneiros, mas com algumas condições. Há ainda estados-membros, como é o caso da Alemanha, com declarações contraditórias sobre o assunto.

Quem colaborou deve acolher»

Já eurodeputada socialista Ana Gomes considerou que os países que colaboraram no transporte de prisioneiros para Guantanamo devem agora acolher cerca de 60 considerados inocentes, mostrando um gesto político significativo em relação à nova administração Obama.

«Estamos a falar de 60 pessoas que deverão ser divididas entre vários países europeus, e eu penso que aqueles países que claramente colaboraram no encaminhamento dessas pessoas para Guantanamo, como foi o caso de Portugal, Espanha, Alemanha, Grã-Bretanha, Irlanda e Grécia têm que ser obviamente os primeiros a chegar-se à frente e a acolher essas pessoas», disse à agência Lusa a eurodeputada socialista.

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A União Europeia vai estudar segunda-feira a possibilidade de acolher 60 dos 245 detidos da base naval de Guantanamo como forma de ajudar o novo presidente dos EUA, Barack Obama, a encerrar aquela prisão em Cuba.

«Não estamos a falar de pessoas que sejam suspeitos de terrorismo. Esses têm que ser levados a julgamento em tribunais credíveis e não nestas comissões militares que o presidente Obama acaba de suspender», considerou.

«Tratam-se de pessoas que estão ilibadas de suspeitas, que foram vítimas de violações de direitos humanos, de tortura, portanto é um acto humanitário e um gesto político significativo por parte dos europeus em relação à nova administração Obama se rapidamente os recebermos», disse Ana Gomes.

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