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O trabalho de Portugal em Timor

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Missão diplomática essencial para «projectar a imagem de Portugal» no mundo, diz Ana Gomes

A deputada europeia Ana Gomes e o embaixador Fernando Neves destacaram o trabalho da diplomacia portuguesa no processo da independência de Timor-Leste, sublinhando que foi essencial para «projectar a imagem de Portugal» no mundo.

«A articulação estratégica em todas as frentes - União Europeia, ONU, ASEAN, Indonésia, responsabilidade política, diplomatas, Organizações Não-Governamentais, media e confiança na causa (timorense) - foi essencial e contribuiu para projectar Portugal», afirmou Ana Gomes.

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A deputada europeia falava sobre o tema «A Independência de Timor-Leste» no colóquio «O Serviço Diplomático Português do 25 de Abril à Actualidade e Perspectivas de Futuro», organizado pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, a decorrer na Assembleia da República.

De acordo com Ana Gomes, antiga embaixadora de Portugal na Indonésia, ao longo desse processo foram os diplomatas que souberam interpretar «os interesses de Portugal, o dever de Portugal e as oportunidades no contexto internacional».

A eurodeputada sublinhou ainda que a nível internacional a posição perante Timor-Leste era a de que se tratava de «um problema que o tempo resolveria».

Acrescentou que foi Portugal que pressionou para colocar o tema na agenda das Nações Unidas, tendo o massacre de Santa Cruz marcado «uma viragem determinante» no processo.

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«A partir daí e pela primeira vez na Comissão dos Direitos Humanos, houve uma resolução sobre Timor-Leste», disse Ana Gomes.

«Foi a partir do momento em que cai (o ex-presidente indonésio) Suharto» que se criaram condições para uma «abertura de secção de interesses de Portugal na Indonésia», esclareceu.

«Foi possível construir uma relação na Indonésia com a sociedade civil, a nível político e a nível militar, que foi fundamental e possibilitou restabelecer a relação diplomática com a Indonésia», concluiu.

Por seu lado, o secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), o embaixador Fernando Neves, considerou que a negociação sobre a independência de Timor-Leste «é certamente mais implausível na diplomacia dos pós-25 de Abril e a mais implausível de toda a história da democracia portuguesa».

«Timor-Leste teve a sorte de ter uma voz, um Estado soberano, para defender as características do país. Foi uma questão à qual os portugueses se uniram de forma pouco comum», afirmou.

Sublinhando a «forma exemplar» como a diplomacia portuguesa soube acompanhar a questão de Timor-Leste, o embaixador afirmou que «Portugal soube pôr o problema nas Nações Unidas e mantê-lo todos os anos na sua agenda».

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