"É um direito constitucional que o senhor Presidente tem, ao desabafo. E o desabafo é muito útil sob o ponto de vista psicológico", disse à agência Lusa o antigo dirigente do PSD, escusando-se a esclarecer as suas palavras.
ngelo Correia falava à margem de um colóquio sobre "A democracia, a guerra e as novas guerras", promovido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, no âmbito das comemorações dos 100 anos da I Guerra Mundial, em que foi um dos oradores convidados.
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Na tomada de posse do governo liderado por António Costa, na quinta-feira, o Presidente da República considerou que as dúvidas suscitadas nos acordos subscritos por PS, BE, PCP e PEV quanto à "estabilidade política e à durabilidade do Governo" não foram "totalmente dissipadas".
Cavaco Silva advertiu ainda que não abdicará dos poderes que a Constituição lhe confere, dos quais só o poder de dissolução da Assembleia da República se encontra cerceado, e que tudo fará para que Portugal preserve a credibilidade e mantenha a trajetória de crescimento.
"Espero que o clima de crispação diminua porque não há razões para isso", sublinhou o antigo ministro da Administração Interna, cargo que ocupou entre 1982 e 1983 no Governo de Francisco Pinto Balsemão.
"Não, não tem, infelizmente, dada a natureza e génese dos apoios, e a insubstantividade dos denominadores comuns não permite, mas se conseguir durar algum tempo e fizer algo de positivo é bem-vindo. Não acredito muito, mas Deus queira que me engane", disse.
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O empresário prevê que até à organização e apresentação do Orçamento de 2017 não existam problemas no Governo
Quanto à coligação PSD/CDS, o empresário entende que devem manter o mesmo comportamento: "votar a favor o que está de acordo e votar contra o que está em desacordo".
O antigo líder do CDS/PP e ex-ministro Freitas do Amaral, que estava inscrito no painel de convidados do colóquio, acabou por não se deslocar à Figueira da Foz.
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