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O secretário-geral do PS, António Costa, disse, sexta-feira à noite, que a emigração em Portugal aumentou “126%”, entre 2010 e 2013, “muitíssimo mais” do que aconteceu na Irlanda e em Espanha, também afetados pela austeridade.
Referindo-se ao debate quinzenal de sexta-feira na Assembleia da República, o líder socialista afirmou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “disse que Portugal viu aumentar menos a emigração, quando comparado com países como a Irlanda e a Espanha”.
“Ainda que assim fosse, que de facto tivéssemos tido um crescimento da emigração inferior à Irlanda e à Espanha, do que é que se poderia orgulhar o primeiro-ministro? De nada”, disse Costa, que falava Convenção Socialista de Évora, na sexta-feira à noite.
António Costa frisou que “os números da UE dizem-no de uma forma muito clara” e evidenciam que “o aumento da emigração na Irlanda, entre 2010 e 2013, foi de 7%”, tendo atingido os “32%” em Espanha.
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“Pois, o aumento da emigração em Portugal, entre 2010 e 2013, foi 126%”, destacou o líder socialista, ironizando que, em relação ao que Passos Coelho disse no Parlamento, “há um lado positivo”, pois, “passado uma semana, o primeiro-ministro já admite que, ao menos, houve emigração” em Portugal.
Já antes, na sua intervenção, Costa tinha referido, em tom irónico, que o primeiro-ministro se comporta “como se os portugueses não conhecessem, não sentissem, não tivessem vivido em Portugal ao longo destes anos” de Governo PSD/CDS-PP.
“Mas ele está enganado. Nós não emigrámos todos. Ainda ficámos cá muitos e assistimos todos em direto e ao vivo ao que é que aconteceu ao longo destes anos e o que fez”, argumentou.
“Temos que fazer este trabalho” e “perceber que, depois destes anos tão sofridos, às pessoas não bastam palavras, é preciso ganhar confiança” e, para tal, "é preciso “grande seriedade e grande rigor”, alertou.
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