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"Felizmente" os mercados já não dão ouvidos a Passos

António Costa sublinha que instituições internacionais estão "tranquilas" com a possibilidade de um Governo PS

António Costa disse depois que, na presente conjuntura política do país, "só não estão tranquilos aqueles que não perceberem que, depois de perderem a maioria nas eleições, também não foram capazes de criar condições para governar". Na sua intervenção perante os militantes do PS, António Costa procurou justificar detalhadamente os motivos dos acordos políticos e programáticos que celebrou com o Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes", tendo em vista a formação de um executivo socialista, assim como as razões que levaram a direção deste partido a recusar-se a viabilizar o Governo PSD/CDS. O secretário-geral do PS acusou o Governo de ter criado antes das eleições "a mentira" e o "embuste" de que os contribuintes iriam recuperar 36 por cento do total da sobretaxa de IRS em 2016. Para o secretário-geral do PS, "tratou-se de uma mentira, porque afinal hoje sabe-se que não se vai recuperar nem um cêntimo da sobretaxa de IRS".

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O secretário-geral do PS considera que, "felizmente", já nem os mercados financeiros "dão ouvidos" ao primeiro-ministro e à ministra das Finanças, contrapondo que reina a "tranquilidade" nas instituições internacionais perante a formação de um executivo socialista.

António Costa fez esta afirmação na parte final do discurso que proferiu num plenário de militantes do PS/Lisboa, em que nunca se referiu ao papel do Presidente da República na presente conjuntura política.

De acordo com o líder socialista, após o Parlamento ter reprovado o programa de Governo da coligação PSD/CDS, "a reação da direita tem sido destemperada".

Segundo António Costa, Pedro Passos Coelho e a ministra das Finanças, "em Portugal, no estrangeiro, ou junto das instituições financeiras, "de forma absolutamente leviana, andaram a criar uma ideia sobre o país que, se alguém tivesse levado a sério, teria afetado gravemente os interesses nacionais".  

"Felizmente, já nem os mercados lhes dão ouvidos. Apesar dos grandes esforços que têm feito, temos ouvido a Comissão Europeia com uma posição serena - e só impaciente por não haver condições de haver um Governo que apresente um Orçamento -, temos ouvido palavras de tranquilidade do insuspeito ministro das Finanças alemão sobre o processo político em Portugal e temos o presidente do Eurogrupo e as agências de rating tranquilos."

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"Estão intranquilos aqueles que, tendo perdido a maioria, se recusam a mudar a sua orientação política, como é a vontade da maioria muito clara dos portugueses. A esses nós dizemos: temos muita pena que estejam assustados, mas nós, PS, assumimos plenamente as nossas responsabilidades e iremos assegurar a mudança que os portugueses votaram e a estabilidade que Portugal precisa".

"Aquilo que verdadeiramente enfurece a direita é perceber que, quando derrubámos o muro da esquerda, quando acabámos com esse tabu da esquerda, tal significou que as possibilidades que os portugueses passaram a dispor para a formação de governos são agora maiores e, acima de tudo, que o PS não está condenado ou a ter maioria absoluta ou a servir de muleta para a governação da direita".

Devolução da sobretaxa? "Embuste" e "mentira"

"Quando os ouço falar em fraude, só me lembro daqueles eleitores que acreditaram nas notícias que foram dadas a poucas semanas das eleições, segundo as quais a gestão financeira tinha sido tão boa, que o país tinha os cofres tão cheios, que 36 por cento [da sobretaxa de IRS] seriam recuperados pelos contribuintes".

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"Isso foi uma mentira, foi um embuste. Temos de mudar de política", acrescentou o secretário-geral do PS.

 

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