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CGTP pede reunião com Passos com «urgência»

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«Queremos dizer ao Governo que estamos disponíveis para negociar», disse Arménio Carlos

O secretário-geral da CGTP disse que hoje se viveu uma «grande greve geral», com uma mobilização semelhante às realizadas em 2010 e 2011, e que vai pedir uma reunião de urgência ao primeiro-ministro, noticia a Lusa.

«De acordo com os dados recolhidos até agora, fizemos uma grande greve geral, com um envolvimento dos trabalhadores semelhante [ao que se registou] às feitas recentemente», disse Arménio Carlos, em conferência de imprensa, ao final do dia, em Lisboa.

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Apesar da insistência dos jornalistas, o dirigente sindical recusou avançar com números.

Arménio Carlos disse que na sequência deste protesto, a CGTP - Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses irá solicitar com «caráter de urgência» uma reunião ao primeiro-ministro, Passos Coelho, para exigir a «retirada de propostas de revisão laboral da administração pública e setor privado e políticas económicas que combatam a precariedade e o desemprego».

A central sindical vai ainda pedir o aumento do salário mínimo nacional para 550 euros e a redução dos custos da energia e combustíveis para as empresas, assim como o acesso destas ao crédito bancário.

Sobre os confrontos verificados numa manifestação e os ferimentos sofridos por fotojornalistas, Arménio Carlos disse que no protesto organizado pela CGTP «não houve nenhuma agressão». Ainda assim, aproveitou para «condenar» eventuais agressões policiais.

O responsável enviou ainda uma «palavra de solidariedade» aos trabalhadores que não «tiveram a oportunidade de aderir à greve», mas que gostavam de o ter feito.

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Na sexta-feira há uma reunião da Comissão Executiva da CGTP para fazer um balanço desta greve, a seguir à qual segue para Pedro Passos Coelho o pedido de reunião da central sindical.

«Queremos dizer ao Governo que estamos disponíveis para negociar, que temos propostas para apresentar», afirmou Arménio Carlos.

Questionado ainda pelos jornalistas sobre o registo na administração pública de um código correspondente à falta por dia de greve, o secretário-geral da CGTP disse que «nenhum trabalhador, seja da administração pública ou do setor privado, tem de preencher qualquer papel».

O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, remeteu hoje para o final do mês um balanço da greve, alegando não ter um registo de dados que permita o Governo avançar com qualquer estimativa durante o dia.

Rosalino disse que a há cerca de uma semana foi produzido um despacho que determinava que «o Governo não iria proceder ao registo no próprio dia da greve da adesão dos trabalhadores que exercer funções públicas».

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Este despacho, sustentou, decorre da circunstância de na última greve geral se ter verificado que o registo da paralisação produz resultados que «são suscetíveis de alimentar uma polémica que o Governo tenciona evitar» e não dão uma «veracidade e fiabilidade completa» dos números.

Assim, nesta greve geral optou-se por não se fazer esse registo e os dados apenas estarão disponíveis aquando do processamento de vencimentos. «Terá que ser registado um código que corresponde à falta por motivo de greve», adiantou o secretário de Estado da Administração Pública.

Depois, no final do mês, cada um dos serviços deverá comunicar à Direção-Geral do Orçamento os dados de greve que tiverem sido registados.

A greve de hoje aconteceu quatro meses depois da última paralisação geral e é a oitava convocada pela CGTP. Segundo a central sindical, teve como objetivo protestar contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade.

A UGT não se juntou ao protesto, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e em 2010. A central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, Crescimento e Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.

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