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Caso SEF: Catarina Martins quer inquérito alargado após denúncias de violência

Coordenadora bloquista lembrou que os relatórios da Provedora de Justiça entregues na Assembleia da República já há mais tempo que "sinalizam indícios e atropelos no SEF"

A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu este domingo que haja um "inquérito alargado" às denúncias de alegada violência e maus-tratos nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa.

É muito importante que o inquérito seja alargado", declarou aos jornalistas Catarina Martins, no final de um encontro com trabalhadores afetados pela pandemia de covid-19 ou da linha da frente de combate em Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

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A líder bloquista salientou que "é preciso um inquérito a tudo o que se passou e tirar todas as consequências administrativas e criminais do que se passou".

Catarina Martins lembrou que os relatórios da Provedora de Justiça entregues na Assembleia da República já há mais tempo que "sinalizam indícios e atropelos no SEF".

Ao referir que o SEF possui apenas "competências administrativas" de regularização de cidadãos e de controlo de fronteiras, Catarina Martins voltou a afirmar que o "SEF não faz sentido enquanto instituição".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou o alargamento do inquérito às denúncias de alegada violência e maus-tratos nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa.

Num comunicado divulgado no sábado, o Ministério da Administração Interna avançou que o inquérito, aberto em 30 de novembro pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), vai ser alargado no seguimento de novas denúncias de alegada violência e maus-tratos.

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A decisão tem por base as denúncias noticiadas este sábado pelo Diário de Notícias e, também, pelo Expresso na sua edição de sexta-feira", esclarece a tutela.

O inquérito determinado pelo ministro teve por base denúncias sob anonimato de uma cidadã brasileira, divulgadas na edição de 28 de novembro do Diário de Notícias, refere o comunicado.

Ihor Homeniuk terá sido vítima das violentas agressões de três inspetores do SEF, acusados de homicídio qualificado, com a alegada cumplicidade ou encobrimento de outros 12 inspetores. O julgamento deste caso terá início em 20 de janeiro.

Nove meses depois do alegado homicídio, a diretora do SEF, Cristina Gatões, demitiu-se na semana passada, após alguns partidos da oposição terem exigido consequências políticas deste caso, tendo Eduardo Cabrita considerado que esta "fez bem em entender dever cessar funções" e que não teria condições para liderar o processo de restruturação do organismo.

Entretanto, na sexta-feira, o ex-comandante-Geral da GNR Luís Francisco Botelho Miguel foi nomeado como diretor do SEF.

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