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«Rui Rio funciona por impulsos de irritação»

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João Teixeira Lopes, líder do Bloco de Esquerda, critica presidente da Câmara

João Teixeira Lopes, líder do Bloco de Esquerda no Porto, não está satisfeito com a postura do presidente da Câmara do Porto, agora que passaram dois anos após ter assumido o seu segundo mandato. Em entrevista ao PortugalDiário e ao Rádio Clube, lançou duras críticas ao autarca, mas falou também de escutas telefónicas.

O dedo apontado a Rio surge por falta de cumprimento das ordens dadas pelos tribunais, que consideraram ilegal a concessão do Rivoli a Filipe La Féria. «A justiça tem de funcionar, por isso tem de respeitaras decisões. Rui Rio assume o seu cariz autoritário, governando por impulsos de irritação, de crispação. Disse que se La Feria sair vai expulsar a Seiva Trupe do Teatro do Campo Alegre, o que revela autoritarismo. No fundo, esta aura acaba por ter pés de barro», frisou.

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Também criticou o apoio dado por um grupo de notáveis do Porto ao projecto «Porto Feliz», escrevendo uma carta ao primeiro-ministro onde pediram para retomar o programa: «São elites que revelam total desconhecimento do que se passa. Ainda esta semana veio a lume que a Câmara deve 500 mil euros à Santa Casa precisamente por causa do Porto Feliz».

Falando em «pobreza crescente» na Área Metropolitana do Porto, considera que «a previsão de diminuição do desemprego inscrita em Orçamento é falsa. Tudo indica que, com os níveis de crescimento paupérrimos, o nível de desemprego vai aumentar».

João Teixeira Lopes falou sobre este e outros assuntos ainda antes do Procurador-Geral da República prestar declarações na Assembleia da República. De qualquer forma, a sua posição é relevante.

«O que me causa impressão é que quem está no topo da magistratura, o próprio Procurador-Geral, tenha de fazer uma espécie de brincadeira, dizendo que o seu telemóvel está sob escuta. Não quero ofender mas acho isto algo infantil. Como é possível que o máximo responsável, aquele que pode abrir os inquéritos, não o tenha feito? Se não tem os poderes suficientes, já se deveria ter dirigido ao primeiro-ministro ou ao presidente da República para colocar essa questão», referiu.

Finalmente, também criticou o facto do ministro da Justiça defender a utilização de escutas por parte das polícias secretas: «Numa situação em que estamos a discutir escutas ilegais é excessivo o ministro querer alargar o âmbito. Primeiro temos que terminar com as situações que existem agora e depois pensar noutras».

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