A queixa-crime apresentada pela direcção da Culturporto contra as 13 pessoas, que há um ano ocuparam o teatro Rivoli em protesto contra a concessão a um privado daquela sala de espectáculos, foi hoje arquivada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Em declarações à agência Lusa uma das «ocupantes» que participou naquela acção de protesto, Regina Guimarães, manifestou-se «muito satisfeita» com o desfecho do processo.
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«Estamos contentes com o resultado da decisão instrutória porque a juíza reconheceu a natureza política do nosso acto, coisa que naquela altura o presidente da Câmara, Rui Rio não compreendeu», disse.
Regina Guimarães frisou que, «na altura foram tratados como terroristas, detidos e presentes a tribunal para serem julgados, e agora o tribunal reconheceu o nosso acto».
A 16 de Outubro de 2006, cerca de três dezenas de pessoas, que assistiam a uma peça no pequeno auditório do Teatro Rivoli, iniciaram uma ocupação simbólica daquele espaço, em protesto contra a intenção da Câmara do Porto de ceder a sala de espectáculos a Filipe La Féria.
Os «ocupantes» permaneceram no local durante três dias, tendo sido sendo retiradas pela PSP, na sequência de uma queixa-crime apresentada pela direcção da Culturporto, na altura gestora do teatro.
A Lusa tentou obter um comentário, sobre esta decisão do tribunal, junto da Câmara do Porto, mas tal não foi possível até ao momento.
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