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Os cheiros que pairavam no ar marcaram o sexto dia oficial desta campanha eleitoral para quem acompanhou a mini caravana de Marcelo Rebelo de Sousa: plantas, mar, bolos e, no fim, o candidato a farejar a vitória. As últimas sondagens que antecipam o cenário de chegar a Belém logo à primeira volta deixam-no embalado, mas diz que é a sua “campanha dos afetos” que lhe dá ânimo.
“Estou confiante, estou confiante não só por causa dos números, mas pelo que tenho sentido no dia-a-dia dos portugueses. Essa visão confirma os números. As sondagens valem o que valem. A última e decisiva é a da votação. Agora, eu sinto, no convívio diário, que há uma progressiva, crescente e mais clara clarificação de muitos portugueses com esse desejo".
Por isso, sublinhou hoje que “o país tem desafios de governabilidade”. "É preciso garantir perante aquilo que é a necessidade de compatibilizar aquilo que é a justiça social e evitar a derrapagem financeira. É preciso garantir que o país é governável. Lembramo-nos da experiência dos governos minoritários do início da democracia. Os portugueses não querem regressar a esse tempo”.
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Com a mensagem reforçada da coesão social e prometendo uma magistratura de inclusão, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que “o mais difícil nos tempos de crise ou a seguir à crise é ser-se moderado”. Para que não restem dúvidas, esclareceu:
Uma maçã 'envenenada'?“Eu serei moderado, porque eu sou moderado. Encontrar aquele caminho intermédio, que abre vias de diálogo, sem discriminação, que constrói, fomenta diálogos, todos os dias. Há um dia que não funciona e recomeça-se no dia seguinte como se fosse o primeiro".
O ambiente aqueceu ainda mais no mercado de fruta da cidade. Basta o professor sair à rua que as pessoas aparecem a rodeá-lo. Já várias dezenas aguardavam Marcelo Rebelo de Sousa junto à estrada onde o carro descaracterizado ia aparecer. Muitos deles sociais-democratas, outros pessoas que o apreciam, outros curiosos. Não quer dizer é que o apoio de todos seja sempre genuíno.
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O primeiro vendedor de fruta com que se cruzou, por exemplo. Até lhe ofereceu uma clementina para ele provar. Ainda lhe descascou uma maçã sem demoras.
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O lanche foi em Alcobaça e ele tentou, como pôde, fugir aos doces premiados da Pastelaria Alcôa. Lá acabou por comprar uma caixinha. Isso foi depois de ter passado ainda pela Nazaré, onde andou de barquinho à vela num centro de atividades aquáticas para pessoas inadaptadas. Estamos a meio da campanha. A ver se, como quer, chega a bom porto.
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