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PSD: ministra da Saúde não tem condições para continuar

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Carlos Miranda, deputado do PSD, considerou que o não conhecimento das contas do ministério inviabiliza continuidade da ministra

O deputado do PSD Carlos Miranda considerou esta quarta-feira que a ministra da Saúde, Ana Jorge, deixou de ter condições para tutelar o ministério depois de ter manifestado ignorar o valor das dívidas acumuladas do sector, noticia a agência Lusa.

«É o escândalo da semana. A ministra da Saúde não tem mais condições de tutelar o ministério», declarou o social-democrata.

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Carlos Miranda não quis pedir directamente a demissão de Ana Jorge, mas acrescentou que pessoalmente não vê «como pode ter condições de continuar no ministério depois da manifestação de alheamento em relação aos interesses do Estado».

«Não pode alhear-se desta maneira», defendeu o deputado que representou terça-feira o PSD no debate do orçamento do sector da saúde para 2009, referindo-se ao facto de Ana Jorge não ter respondido às questões sobre o valor das dívidas acumuladas do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O social-democrata quis «agradecer aos jornalistas que conseguiram em cinco minutos o que os deputados não conseguiram em quatro horas: que a senhora ministra confessasse que não tinha conhecimento das dívidas do seu ministério».

«É inédito que um ministro da Saúde deste país tenha vindo debater o Orçamento do Estado com os deputados na Assembleia da República e não conheça as contas do seu ministério. Isto nunca aconteceu», assinalou.

Ministra vai ao Parlamento

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Carlos Miranda anunciou que entregou esta quarta-feira um requerimento para que a ministra Ana Jorge seja novamente ouvida em comissão parlamentar sobre as contas da saúde no âmbito do Orçamento do Estado para 2009.

«Admitindo que isto foi um dia muito negro para a senhora ministra da Saúde e que realmente não tivesse feito o trabalho de casa e estudado os dossiês, o PSD requereu a vinda da senhora ministra ao Parlamento, urgentemente, para responder ao que não respondeu», declarou.

Segundo o social-democrata, no debate de terça-feira «a senhora ministra não respondeu a nenhuma» das sete perguntas feitas pelo PSD sobre as contas da saúde, enquanto «o senhor secretário de Estado [Francisco Ramos] respondeu a cinco» dessas questões.

«As duas perguntas a que nem a ministra nem o secretário de Estado respondera foram exactamente as perguntas sobre as dívidas acumuladas», frisou.

No requerimento entregue esta quarta - feira na Assembleia da República, o PSD propõe que Ana Jorge volte a ser ouvida para esclarecer os deputados sobre «qual o montante das dívidas acumuladas pelo Ministério da Saúde, desde 2005 até ao presente».

O PSD quer também saber «qual o montante das dívidas do Ministério da Saúde que, durante o ano de 2008, foram ou vão ser pagas por operações do Tesouro» e qual o montante que vai ser convertido em dívida pública.

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