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Presidenciais: oposição pede demissão do ministro Rui Pereira

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Partidos não ficaram satisfeitos com as justificações presentes no relatório da Universidade do Minho sobre os problemas com o cartão do cidadão

ACTUALIZADA ÀS 17h03

Os partidos da oposição exigiram, esta sexta-feira, mais ou menos directamente, a demissão do ministro da Administração Interna, na sequência dos problemas com o cartão do cidadão no dia das eleições presidenciais.

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Rui Pereira culpabilizou o director-geral da administração interna, Paulo Machado, que entretanto se demitiu, pelas falhas na notificação dos eleitores, mas os deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias não ficaram convencidos.

«Paulo Machado foi a vítima encontrada, mas a tutela é que não fez o acompanhamento do cumprimento do despacho», apontou Fernando Negrão (PSD), questionando directamente o ministro: «Você é responsável pelo impedimento de um exercício constitucional. Sente-se confortável em continuar nas suas funções? Não tira consequências políticas?»

O deputado social-democrata deu mesmo o exemplo do socialista Jorge Coelho, que se demitiu do Governo na sequência da queda da ponte de Entre-os-Rios. «Jorge Coelho não é engenheiro, não construiu a ponte e mesmo assim demitiu-se...»

Já Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, foi ainda mais directa e disse a Rui Pereira: « Se tem ética de responsabilidade, demite-se. Se não tem, estes actos ficam na decadência do seu Governo.»

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Também António Filipe, do PCP, concorda que o que ocorreu a 23 de Janeiro «é um problema político». «E não é o director-geral que tem essa responsabilidade política. [Paulo Machado] já foi punido, mas não é ele que presta contas ao país».

O CDS-PP, que já esta manhã tinha afirmado que «não há nenhuma razão para não manter o pedido de demissão» do governante, insistiu na sua exigência.

«Pelo atraso deste relatório, pela inconsequência das suas conclusões e pela sua insuficiência, por si só, já são uma justa causa ou motivo atendível para a sua demissão», declarou o deputado Nuno Magalhães, que considera que «o senhor ministro já não tem condições para continuar» no cargo.

Rui Pereira recusou demitir-se na sequência deste caso, insistindo que a falha de notificação foi responsabilidade do director-geral da administração interna.

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