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Cavaco satisfeito por diminuir tensão entre Governos

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Presidente da República considera que contribuiu para aproximar a cúpula regional à central

O Presidente da República, Cavaco Silva, expressou «satisfação» pela forma como decorre a sua visita à Madeira, sublinhando que pensa ter contribuído para diminuir tensões locais e melhorar as relações entre os Governos da República e Regional, informa a agência Lusa.

«O que posso dizer é que a reunião entre o Governo Regional da Madeira, eu próprio, e o senhor Ministro da Presidência (Silva Pereira) decorreu de uma forma aberta e num clima muito, muito frutuoso», confidenciou o Chefe de Estado numa conferência de imprensa concedida após o seu regresso da Ilha do Porto Santo.

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O Chefe de Estado considerou que, depois de partir, «as relações entre o Governo da República e o Governo Regional não ficam mais difíceis».

«Tenho a convicção, pelo menos foi isso que ouvi de parte a parte, que há uma vontade séria de realizar um diálogo mais profundo, um diálogo frutuoso e benéfico entre os órgãos de governo próprio da Região e os poderes da República», destacou o Presidente que disse ter-se deslocado à Madeira com «espírito positivo, com espírito construtivo».

Cavaco Silva considerou ser normal que o Presidente da República se empenhe num diálogo leal, frutuoso entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira.

«Ao Presidente da República cabe-lhe garantir a unidade do Estado e também defender fortemente a coesão nacional», recordou, acrescentando que, desde que tomou posse, se manifestou também «empenhado em melhorar» o diálogo entre si próprio e os órgãos do governo próprio da Região Autónoma da Madeira.

Polémicas à parte

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Cavaco Silva desvalorizou a polémica da não realização de uma sessão solene de boas vindas na Assembleia Legislativa da Madeira, revelando que aceitou «com muito gosto» o convite do presidente da Assembleia Legislativa para, logo no dia da sua chegada, participar num jantar no salão nobre daquele órgão.

«Fiquei também muito satisfeito porque era a minha primeira intervenção política e achei bem que a minha primeira intervenção política fosse feita perante os deputados da Região», esclareceu.

O Presidente afirmou que, nos contactos que manteve com os partidos da oposição, «nenhum deles sugeriu alguma vez» que tenha tido menos respeito em relação à Assembleia Legislativa Regional. Referiu, aliás, ter uma «grande preocupação de respeito» em relação às instituições do estado democrático português.

Questionado sobre a sistemática acusação de défice democrático na Região, Cavaco Silva afirmou que o que sabe é que «todos os Presidentes da República que o antecederam sempre consideraram que, na Madeira, as instituições funcionavam com toda a normalidade porque, caso contrário, teriam tomado medidas (invocando) o primeiro artigo constitucional que se refere ao normal funcionamento das instituições democráticas».

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Cavaco Silva reafirmou que «o Presidente da República não deve promover polémicas quando existem fortes crispações». «Devo actuar para reduzir tensões», acrescentou.

Reserva sobre o PSD

O Chefe de Estado voltou a não querer pronunciar-se sobre a crise política interna no PSD.

«O Presidente da República não pode fazer nenhum comentário, nem directa nem indirectamente sobre a vida de um partido, qualquer que ele seja», reafirmou, vincando: «Esta foi a minha atitude no passado, é esta a minha atitude no presente e será esta a minha atitude no futuro».

«Sei que os senhores percebem muito bem que eu não posso comentar de forma nenhuma as crises deste ou daquele partido político», concluiu.

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