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CPLP: Cavaco defende língua portuguesa

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Presidente da República de Portugal defendeu ainda a defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos

O Presidente da República de Portugal defendeu esta quarta-feira que a língua portuguesa e a defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos são valores identitários da CPLP e devem continuar a determinar as suas decisões.

Aníbal Cavaco Silva assumiu esta posição numa intervenção no período de debate político da X Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Díli, Timor-Leste.

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No seu discurso, que foi distribuído aos jornalistas, o chefe de Estado português não se referiu à admissão da Guiné Equatorial - um país onde a língua maioritariamente falada é o castelhano e governado desde 1979 por Teodoro Obiang, acusado de violações dos direitos humanos - como membro pleno da CPLP, hoje aceite por consenso, mas falou dos valores identitários desta comunidade de países.

Quanto à composição da CPLP, pronunciou-se sobre o tema somente para saudar o «regresso pleno» da Guiné-Bissau e «o interesse crescente de novos Estados, também eles de continentes diversos, em se tornarem observadores associados», acrescentando: «As candidaturas da Geórgia, da Namíbia, da Turquia e do Japão abrem novas oportunidades de cooperação e de projeção da CPLP no mundo».

Sobre a identidade da CPLP, Cavaco Silva afirmou: «O potencial de atração da nossa comunidade e o reconhecimento internacional da CPLP assentam no conjunto de valores identitários que partilhamos, como são a língua portuguesa e os princípios fundadores de defesa da paz, do Estado de direito democrático, dos direitos humanos e do desenvolvimento económico-social. É por isso fundamental que continuemos a deixar claro, no presente e no futuro, que são esses os valores que determinarão as nossas decisões e as nossas iniciativas».

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O Presidente da República deu destaque à questão linguística, considerando que «a língua portuguesa desempenha um papel primordial» no projeto da CPLP.

«Foi um dos primeiros fatores de aproximação e é um dos traços que nos identifica e distingue. A língua portuguesa enquanto ativo estratégico é uma opção política da CPLP. Neste contexto, língua e culturas devem ser encaradas como eixos que se reforçam mutuamente. O facto de a língua portuguesa incorporar pluralidades, que lhe advêm da abertura e da partilha a diferentes países e culturas, reveste-a de um valor intrínseco acrescido. É já inegável o seu valor cultural, económico, geopolítico e científico», disse.

O chefe de Estado português falou também da «familiaridade» entre os países desta comunidade, assinalando que esta é a quinta e última Cimeira da CPLP em que está presente e declarando ter sentido um "verdadeiro espírito fraternal" e uma «natural proximidade» em todos estes encontros.

«A familiaridade que nos aproxima e a nossa ética comum são as principais forças impulsionadoras da nossa união», defendeu.

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Cavaco Silva exortou os países membros deste bloco a articularem-se mais, a assumirem um compromisso acrescido de «ser CPLP» e a inserirem uma «visão CPLP» nos palcos internacionais em que estão respetivamente representados.

Cimeira elogia papel de Cavaco Silva na fundação da organização

Os líderes da CPLP aprovaram em Dili uma «declaração de apreço» a Cavaco Silva, pelo seu papel enquanto primeiro-ministro português na fundação da organização.

Na X Conferência, os governantes destacam o trabalho do agora Presidente português «na criação da CPLP, bem como o empenho e a determinação com que desde o início defendeu os princípios fundadores da organização e promoveu a sua afirmação no plano internacional».

Na declaração, os subscritores elogiam «o interesse que [Cavaco Silva] sempre manifestou pela preservação do lugar cimeiro e prioritário que a CPLP ocupa na política externa portuguesa, a par da permanente valorização do relacionamento privilegiado que une Portugal aos restantes Estados-membros da organização»,

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