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«O que ele fez para impedir que a situação fosse insustentável?»

Alegre arranca com pré-campanha e diz que Cavaco não dizer que país está numa situação insustentável

Manuel Alegre defendeu esta sexta-feira que o Presidente da República «não pode dizer» que o país vive numa situação insustentável «porque isso cria dificuldades ao próprio país e agrava a situação».

«Ao Presidente da República cabe, não palavras de depressão que desmobilizem os portugueses, mas uma palavra de confiança» disse Manuel Alegre num jantar de pré-campanha para as eleições presidenciais que reuniu cerca de 300 apoiantes, em Setúbal.

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«E se a situação é insustentável, o que é que ele fez para impedir que a situação fosse insustentável?», questionou Manuel Alegre, lembrando que o Presidente da República «não é eleito para avisar nem para prevenir e que tem poderes consagrados na Constituição».

O candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo BE reagia às declarações do Presidente da República, que disse que o país estava numa «situação insustentável» e «sob escrutínio muito rigoroso, vindo do exterior, no que diz respeito à sua situação financeira».

Reconhecendo que o país está a atravessar momentos difíceis devido à crise provocada pelo sector financeiro, Manuel Alegre defendeu que é preciso encontrar outras soluções para a crise, que não as que estão a ser defendidas pelos defensores do neo-liberalismo.

«Sabemos que a crise está a ser aproveitada para impor a toda a Europa e aos países mais frágeis um plano de austeridade que vai trazer mais recessão, mais desemprego», disse.

Perante esta crise, Manuel Alegre considera que há dois caminhos: a austeridade, a recessão, o desemprego, a desregulamentação, diminuição dos serviços públicos sociais e liberalização dos despedimentos, ou, em alternativa, uma reforma profunda, uma política de coesão económica, de coordenação económica, de coesão social, de criação de emprego e, sobretudo, de mais solidariedade.

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«Se é mais Europa neoliberal numa Europa dominada pelo neo-liberalismo, o Estado português tem uma palavra a dizer. Sabemos que somos um país pequeno mas temos que fazer ouvir a nossa voz», disse.

«Não é possível que uma Europa que foi sonhada para trazer mais democracia, mais coesão, mais bem-estar para os povos europeus, seja agora aproveitada para fazer aquilo que, ao longo de dezenas de anos, a direita não conseguiu fazer: destruir o Estado social, destruir os serviços sociais, fazer diminuir os rendimentos do trabalhos, fazer diminuir os custos de produção à custa da diminuição dos rendimentos do trabalho», acrescentou.

No jantar em Setúbal, em que contou com a presença da ex-ministra da Saúde Maria de Belém, mandatária nacional da sua candidatura, e da deputada do BE Mariana Aiveca, entre outras personalidades, Manuel Alegre concluiu que «tudo isto» vai estar em jogo nas próximas eleições presidenciais.

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