Foi no mercado de Coimbra que o CDS começou este 4º dia oficial de campanha. Animado pela música da banda de Tabueira, Portas serpenteou por entre as bancas do mercado, cumprimentou os vendedores, foi respondendo a questões, ouvindo agradecimentos das medidas tomadas enquanto o CDS esteve no Governo e queixas sobre o Governo socialista.
O começo era auspicioso, mas de repente houve um momento de tensão. Uma mulher chegou perto do líder do CDS e atirou-lhe com folhetos de campanha rasgados. «Vim de propósito para lhe atirar isto», disse. «Quer tirar-nos o rendimento mínimo», continuava a gritar depois de Portas se ter afastado. «Há quem mereça e não mereça, mas não se deve tirar a todos», vociferava.
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Depois de parar para um café, Portas recomeçou a sessão de beijinhos ainda com mais ânimo e não se escusou sequer a dar uns passinhos de dança.
A comitiva saiu depois à rua com a banda a marcar o passo. «Lá vai Lisboa», «Uma casa portuguesa», «Defolhada»¿ O reportório era vasto e variado. Apesar de não ter feito muitas campanhas, a banda de Tabueira, vinda da Figueira da Foz, já acompanhou Santana Lopes noutras eleições. Este ano, além do líder, acompanham também o candidato do CDS às autárquicas de Tocha.
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Mais habituados a festas populares e gastronómicas, como a Festa da Lampreia ou a festa do Arroz, contam que até gostam das arruadas, mas admitem: «Isto é muito cansativo. É preciso estar sempre de olho neles», disse Elísio Aveiro, o chefe da banda.
E a verdade é que Paulo Portas na rua é muito difícil de controlar, e às vezes mesmo de acompanhar. Pelas ruas de Coimbra, o líder do CDS ia entrando em lojas, subindo mesmo para cumprimentar quem vinha à janela acenar, e tentava que ninguém ficasse por cumprimentar.
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«Dignidade dos professores»
A recepção na zona histórica da cidade foi calorosa. «Força, muita força», dizia uma senhora a Portas.
Uma professora foi perguntar-lhe sobre as ideias do CDS para a educação. Emocionada, lamentava que as coisas tivessem mudado no sector. Ouviu atentamente Portas defender que é preciso «recuperar a autoridade dos professores na sala de aula» e que «é possível resolver o problema da avaliação de professores».
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No final, não revelou se o CDS teria o seu voto. «Quem conseguir recuperar a dignidade dos professores tem o meu voto», disse.
À conquista de um deputado por Coimbra
«Há 3 distritos em que uma pequena subida pode significar a eleição de um deputado: Coimbra, Faro e a região autónoma da Madeira», disse Portas. «Eu acredito que o CDS está a crescer e que em Coimbra poderá eleger um deputado trabalhador que ouve as pessoas», disse Portas.
Recordando que as últimas Legislativas, foi por pouco mais de 1000 votos que o partido não conseguiu eleger, Portas frisou uma vez mais o apelo ao voto no CDS. «Mais um bocadinho e conseguimos eleger», disse.
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