Já fez LIKE no TVI Notícias?

«França é um grande Estado de Direito democrático»

Relacionados

Líder parlamentar do PS explica divisão dentro do partido no voto de condenação do BE sobre expulsão de ciganos

O líder parlamentar do PS definiu esta sexta-feira a França como «um grande Estado de Direito democrático» que não pode ser alvo de condenação do Parlamento português no caso da expulsão de ciganos quando ainda decorre um inquérito, escreve a Lusa.

A Assembleia da República rejeitou um voto de condenação do governo francês pela expulsão de cidadãos ciganos do país, apresentado pelo Bloco de Esquerda, mas o sentido de voto dividiu as bancadas, em especial a do PS.

PUB

Além de mais de uma dezena de abstenções na bancada socialista, as divergências estenderam-se mesmo à equipa dirigente de Francisco Assis, com Sérgio Sousa Pinto a votar ao lado do Bloco de Esquerda e Inês Medeiros a recusar-se a participar na votação.

Interrogado pela Lusa sobre os motivos que levaram a direção da bancada do PS a votar ao lado do PSD e do CDS contra a resolução do Bloco de Esquerda, Francisco Assis recusou que os socialistas tenham fugido com esta atuação à condenação das acções tomadas pelo executivo de Paris relativamente à comunidade cigana.

«Não estamos perante uma questão de não condenação, porque o PS até manifestou preocupação face ao que se está a passar [em França]. Mas, neste momento, no âmbito europeu, está a decorrer um inquérito para saber se houve ou não violação de princípios fundamentais pela parte do Estado francês», justificou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Segundo Francisco Assis, a Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, «não pode estar agora a condenar previamente um Estado de Direito democrático como é o Estado francês». «O inquérito está a decorrer e temos de esperar que o processo se conclua», disse.

PUB

Questionado se, pessoalmente, está tranquilo com o que se está a passar em França com a expulsão de ciganos, o líder parlamentar do PS deu a seguinte resposta: «eu não estou tranquilo com muitas coisas, mas uma coisa é a minha intranquilidade e outra coisa é o meu dever enquanto parlamentar responsável de um Estado democrático e que participa plenamente na União Europeia, como é Portugal».

Sobre o facto de vários deputados socialistas se terem insurgido contra a posição oficial do PS, Francisco Assis reagiu de forma seca: «responderão por eles».

«A bancada tem regras claras. Excepção feita a questões de fundo, que têm a ver com o governo do país, os deputados podem exprimir as suas posições. Quando entendem que não têm condições para acompanhar a direcção da bancada do PS, não acompanham», acrescentou.

PUB

Relacionados

Últimas