A maioria na Câmara do Porto (CMP) aprovou esta terça-feira uma modificação orçamental para aumentar em dois terços as despesas municipais. O vereador da CDU, Rui Sá, mostrou a sua preocupação com o facto deste aumento se registar devido a despesas com os serviços externos. De acordo com o comunista, um milhão de euros será para serviços de vigilância e 120 mil para a limpeza.
«É um aumento significativo da contribuição para os serviços externos», referiu Rui Sá acrescentando que «há uma diminuição de um milhão de euros para o orçamento da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU). O presidente da CMP, Rui Rio, explicou que o «ritmo de amortização do passivo vai abrandar», mas assim que as verbas do PROHABITA, que o Governo deve à CMP chegarem, serão imediatamente encaixadas para diminuir o passivo.
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Rui Sá acusou a maioria de estar a fazer chantagem quando a autarquia diz que se o Governo não pagar os 8,7 milhões de euros do programa é comprometida a reabilitação dos bairros sociais.
Ainda sobre a transferência de verbas orçamentais, o comunista salientou que os 443 mil euros retirados da CulturPorto passaram para a gestão do Teatro Rivoli. Rui Rio, explicou que a diminuição do orçamento da CulturPorto se relaciona com o processo de extinção daquela entidade.
Lá Féria «faz bom negócio» no Rivoli
A transferência daquela verbas suscitou duras críticas de Rui Sá que, feitas as contas - tendo em mente que Lá Féria terá de pagar um aluguer correspondente a cinco por cento das receitas de bilheteira - apontou que o produtor terá de conseguir 8,8 milhões de euros em receitas em apenas sete meses.
Rui Sá considerou que a quantia é exorbitante para um período de tempo tão curto, mas lembrou, por outro lado que, é um bom negócio para o produtor que fez «um protocolo sem risco». E só terá de «pagar uma pequena parte do que recebe».
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STCP diz que CMP lhe deve 900 mil euros
No âmbito da discussão das contas, Rui Sá lembrou a Rio que a STCP acusa da autarquia de lhe dever 900 mil euros, facto do qual Rui Rio diz não ter conhecimento.
Metro: Assis critica acordo com o Governo PS
Durante a reunião, o vereador Francisco Assis aproveitou para criticar duramente o acordo assinado segunda-feira entre a Junta Metropolitana e o Governo. «A JMP cedeu. Posso estar sozinho no PS nesta questão, mas defendo os interesses do Porto e o tempo irá dar-me razão», frisou ilustrando que em Estrasburgo é a comunidade urbana que gere o metro local.
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