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Ribeiro e Castro critica ministra da Justiça de «Governo sem rei nem roque»

Ex-líder do CDS-PP Ribeiro e Castro criticou as declarações da ministra da Justiça relativas ao projeto de lei socialista sobre co-adoção

O ex-líder do CDS-PP Ribeiro e Castro criticou as declarações da ministra da Justiça relativas ao projeto de lei socialista sobre co-adoção, classificando-as como mais um «sinal de cansaço e derrota» do Governo.

«É um sinal, a acrescer a outros, de estarmos com um Governo sem rei nem roque, em completa desorientação. Às vezes debatemo-nos com circunstâncias em que deputados tomam posições contra o Governo ou a maioria e é necessário concertar posições por diálogo, compromisso. O que nunca se tinha visto, em Portugal ou qualquer parte do mundo, era um membro do Governo dissidir em direto, diante do Parlamento», condenou o parlamentar democrata-cristão em declarações à Lusa.

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A responsável pela pasta da Justiça do Executivo PSD/CDS-PP tinha saudado antes a Assembleia da República por aprovar na generalidade, sexta-feira, a co-adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

Para Paula Teixeira da Cruz, «a adoção deve depender das circunstâncias aferidas caso a caso de quem adota e não propriamente de uma determinada orientação», caso estejam reunidas as condições necessárias à proteção do «superior interesse da criança».

Ribeiro e Castro considerou «fortemente criticável» que «um membro do Governo tome uma posição política contra a posição dos partidos e bancadas que apoiam esse Governo».

«Acho que foi um ato de insensatez, que, infelizmente, não é invulgar na senhora ministra, e de falta de sentido da responsabilidade na condução das coisas públicas, com propriedade», afirmou, falando de um «gesto inapropriado e manifestamente infeliz, uma originalidade que entra para o [Livro dos Recordes do] Guinness do desconchavo político» e «um triste sinal de cansaço e de derrota».

O diploma do PS contou com os votos favoráveis da esmagadora maioria da sua bancada, do PCP, do BE e do PEV, assim como 16 deputados do PSD, além de três abstenções do CDS-PP.

«Eu já tinha referido que o que se passou na sexta-feira tem de ser considerado, no mínimo, uma prova de incompetência política das direções do PSD e CDS-PP e da maioria no seu conjunto. Acresce hoje uma prova de incompetência política também do Governo e da titular de uma pasta», continuou Ribeiro e Castro, esclarecendo que a sua «posição é obviamente em defesa do superior interesse da criança», sublinhando o «direito à identidade e o princípio da igualdade».

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