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O PCP defende que o país não está condenado a mais um corte nas reformas, no imediato ou no futuro, embora admita que haja desafios a enfrentar nesta matéria. Mais, os comunistas acusam o PSD, o CDS e o PS de “alarmismos falsos” sobre a sustentabilidade da Segurança Social.
"O país não está condenado a optar entre um corte nas reformas de 600 milhões de euros já, como propõem PSD e CDS, ou um corte nas reformas no futuro, como propõe PS", afirmou o deputado do PCP Jorge Machado.
No Parlamento,o PCP apresentou um "conjunto de soluções" com o objetivo de reforçar a "sustentabilidade financeira da Segurança Social", reforçando o financiamento nesta área e a "transparência" na utilização dos recursos.
"Há um caminho que não passa pelos cortes nos direitos dos trabalhadores e reformados, mas sim pelo aumento das receitas."
Para o partido, a principal ameaça à Segurança Social "não é o aumento da esperança média de vida ou as despesas com as reformas", mas "a política de direita que conduz à recessão económica, que promove um modelo económico assente em baixos salários e na precariedade, que promove o desemprego".
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"Querem convencer-nos que os problemas da Segurança Social são problemas da demografia. De que nos serviria um boom da natalidade se os trabalhadores continuam desempregados?", questionou o deputado do PCP João Oliveira.
"É ainda necessário articular o combate à precariedade laboral com a recuperação de receita da Segurança Social, bem como eliminar as contribuições com base em rendimentos fictícios como acontece com os trabalhadores a recibos verdes", declarou Jorge Machado.
"Proclamações sonantes mas inconsequentes que resultam em soluções irrealistas em contraciclo com a história e realidade económica financeira."
"O Estado social de que os portugueses usufruem é fruto, é mérito, de três bancadas. E é bom que os portugueses saibam. Não foi o PCP. Não foi o BE, que sempre votaram contra. Sempre criticaram. Sempre estiveram do lado da desconstrução. Quem construiu o modelo social que Portugal usufrui foi o PSD, o PS e o CDS-PP."
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"Quem conquistou a Segurança Social pública, universal e solidária foi o povo, os trabalhadores, com o 25 de abril de 1974. Não foram os partidos da política de direita. "
Vieira da Silva chamou ainda a atenção para o facto de que um novo aumento de impostos seria uma "séria ameaça à recuperação do emprego", e lembrou a crise económica internacional e os problemas demográficos para dizer que uma má resposta na Segurança Social colocará problemas a este sistema mas também a "outras áreas".
Pelo Bloco de Esquerda, a deputada Mariana Aiveca acusou o Governo de "agitar o medo" para "preparar novos cortes nas pensões e empurrar novas gerações para o negócio dos fundos de pensões privados".
Já Heloísa Apolónia, parlamentar do partido ecologista "Os Verdes", mostrou-se "crente" que PSD e CDS-PP "não estão disponíveis para construir soluções em torno da sustentabilidade da Segurança Social".
O CDS-PP, por teu turno, através do deputado Artur Rêgo, reclamou um "debate sério" sobre a sustentabilidade da Segurança Social, defendendo "reformas profundas no modo de financiamento" e sublinhando a importância da criação de emprego.
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O deputado do PCP João Oliveira encerrou o debate concluindo que dos "partidos da troika", referindo o PSD, PS e CDS, os trabalhadores só podem esperar "políticas da troika".
"O resultado deste debate é clarificador: os reformados tem no PCP alguém que os defenda e dos partidos da troika, PSD, PS e CDS, sé podem esperar mais politicas da troika."
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