O tema do Orçamento de Estado marcou as «rentrées» políticas de PS e PSD, com o fantasma de uma eventual crise política a pairar.
No Sábado, José Sócrates afirmou que « o diálogo em torno do Orçamento deve ser aberto e claro, que tenha como objectivo defender medidas concretas e conduzido com boa fé», recusando que seja «um diálogo conduzido nos jornais, porque nenhum partido responsável conduz uma negociação sobre o Orçamento do Estado através da comunicação social»,.
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Depois de dizer que a conjuntura actual «não está para brincadeiras» nem «para ambiguidades», José Sócrates disse que o tempo « exige a defesa da estabilidade e não de constantes ameaças para provocar artificialmente crises políticas».
Este domingo, Passos Coelho reiterou que « o PSD colocou duas condições mínimas para viabilizar o Orçamento do Estado» para 2011: «o Governo fixar objectivos mais ambiciosos para cortar na despesa» e não ir «ao bolso dos portugueses mais vez nenhuma».
E exigiu que o Governo, « antes de apresentar o Orçamento do Estado, apresente uma avaliação das medidas que foram decididas com o PSD para contenção da despesa pública».
Depois das férias de Verão e destas duas «rentrées» de PS e PSD marcadas pelo mesmo tom, o Presidente da República, Cavaco Silva, já veio pronunciar-se sobre o assunto. Começou por mostrar confiança de que será possível alcançar na Assembleia da República um compromisso entre o Governo e os partidos que leve à aprovação do Orçamento de Estado OE e assumiu mesmo que o chumbo « não lhe passa pela cabeça».
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Mas, um dia depois, voltou a falar e pediu que se ponham de lado as divisões. « O país precisa de coesão e união de esforços», afirmou.
O Presidente da República falou depois de os partidos de esquerda terem afirmado que as declarações de Cavaco sobre a aprovação do Orçamento de Estado eram dirigidas ao PSD.
O que achas deste arranque do ano político? Houve demasiadas acusações e poucas propostas? Ou o tema do Orçamento é suficientemente importante para dominar as atenções políticas? E sobre Cavaco Silva, considera que já começou a pré-campanha? Ou fez o que lhe competia como Presidente num momento difícil para o país?
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