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Barroso saúda Passos e pede aos portugueses: "Olhem para a Grécia"

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Graças à "determinação" deste governo, que se "apropriou" das reformas "necessárias", ao contrário do governo grego, Portugal não está - e podia estar - como a Grécia, diz o ex-presidente da Comissão Europeia

"A verdade é que a situação de Portugal à partida era ser igual ou pior do que a Grécia", considerou ainda, assinalando que o Executivo português "com determinação, ele próprio apropriou-se das reformas necessárias". Fazia aqui, implicitamente, uma comparação com o governo grego de Alexis Tsipras, que rejeita várias das reformas que as instituições europeias querem impor. Durão Barroso ainda tem "alguma esperança" de que se evite "o pior" na Grécia, "mas já se está muito perto" do precipício.

Há bem pouco tempo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso está agora fora da vida política, mas não deixa de olhar para a situação da, como diz, "nossa Europa", fazendo questão de, na apresentação do livro de Miguel Relvas, esta quinta-feira, criticar a situação "confrangedora" do impasse grego e congratular-se com o desempenho do Governo de Passos Coelho, para Portugal não estar da mesma maneira.

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"É confrangedor que, depois de tantos sacrifícios feitos pelo povo grego, e quando se anunciava a recuperação económica (...) por decisões políticas, agora a Grécia está precipitada numa crise terrível onde as pessoas não têm acesso ao dinheiro que pouparam, onde os pensionistas estão à espera de saber se podem ir receber as suas pensões e onde o Estado está à beira da rutura financeira", afirmou. 

Aos portugueses, quis deixar uma mensagem. Ao Governo, quis deixar um elogio: 

"Gostava de dizer que olhem para a Grécia. Que pensem no que se está a passar na Grécia, porque era exatamente isso que podia estar a passar-se em Portugal, se não fosse, se não tivesse sido a determinação do Governo português e do seu primeiro-ministro, que quero saudar"

Barroso criticou ainda os eurocéticos, incluindo em Portugal e no seio dos próprios PSD e CDS-PP: "Vou ser completamente sincero - estar fora da política permite esta sinceridade total - a verdade é que muita gente não pensou assim, incluindo dentro dos partidos do próprio Governo".

"É bom recordar: não foi a troika que trouxe a crise, foi a crise que trouxe a troika. É completamente injusto criticar aqueles que ajudam e as instituições que, com imperfeições, deram o seu melhor"

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