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Depois da agitação, o ano de todas as definições

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Um Governo a braços com a crise, três eleições, convergências à esquerda e o rumo das lideranças à direita

Se 2008 foi agitado em termos políticos, 2009 será o ano das definições: um Governo a braços com a crise, três eleições, possíveis convergências à esquerda, e o rumo das lideranças à direita marcarão a agenda política.

Em ano em que o próprio Governo acredita que o pior da crise ainda está para vir, os portugueses serão chamados por três vezes às urnas, para as eleições europeias, autárquicas e legislativas.

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Três eleições: às voltas com as datas

As autárquicas, marcadas pelo Governo, realizam-se entre 22 de Setembro e 14 de Outubro; as legislativas são marcadas pelo Presidente da República e realizam-se entre 14 de Setembro e 14 de Outubro; as europeias em Junho, igualmente marcadas pelo Chefe do Estado.

Eventuais mudanças de datas foram afastadas pelo porta-voz dos socialistas, Vitalino Canas, que afirmou que o PS prefere a estabilidade dos calendários.

Em ano eleitoral, PS, BE e CDS-PP aprovarão as respectivas estratégias em congressos que confirmarão as actuais lideranças: do PS entre 26 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho, do BE entre 07 e 08 de Fevereiro, e do CDS-PP entre 17 e 18 de Janeiro, nas Caldas da Rainha.

O secretário-geral socialista, José Sócrates, prepara-se para um novo mandato sem disputa de liderança à vista, mas não isento de críticas por parte da ala esquerda ao rumo que imprimiu, enquanto primeiro-ministro, ao país.

Manuel Alegre: uma incógnita?

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Uma das incógnitas é se o socialista Manuel Alegre, que em 2008 não deu vida fácil ao Governo e ao seu grupo parlamentar, integrará as listas do PS às próximas legislativas ou se optará pela cisão.

Principal orador do «Fórum das Esquerdas», que juntou em Julho e Dezembro bloquistas, ex-comunistas e alguns socialistas, por Alegre passará uma eventual reorganização das esquerdas em 2009, depois de em 2008 BE e PCP terem somado pouco menos de 20 por cento nas intenções de voto.

À esquerda

A necessidade de «convergências de políticas» à esquerda foi reclamada por aqueles partidos que deixaram em aberto eventuais entendimentos para 2009.

Quanto ao PCP, já definiu que reeditará a Coligação Democrática Unitária (PCP, PEV e Intervenção Democrática) e aposta na «luta de massas» para promover oposição ao Governo.

À direita

À direita, depois de em 2008 ver a sua estratégia ser criticada no PSD, a líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, aposta na unidade em ano de eleições.

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Prova disso foi a escolha do seu adversário nas últimas directas Pedro Santana Lopes para liderar a candidatura à câmara de Lisboa, que poderá ser de coligação com o CDS-PP, que remeteu uma decisão para Janeiro.

Paulo Portas, que enfrentou dias de agitação interna com a saída de alguns militantes em ruptura com a sua estratégia, espera «um bom resultado» nas eleições e garante contribuir para a «estabilidade» afastando no entanto «cenários de coligações ou acordos parlamentares».

No próximo ano, dois novos partidos vão disputar as eleições ao centro: o Movimento Esperança Portugal, de Rui Marques, e o Movimento Mérito e Sociedade, liderado por Eduardo Correia.

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