Depois de ter sido alvo de sátira no programa “Isto é Tudo Muito Bonito, Mas”, na TVI, o PCTP/MRPP anunciou, esta quinta-feira, que suspendeu do seu material de campanha eleitoral a frase “Morte aos Traidores”. Panfletos do partido para as eleições legislativas de outubro começavam com a frase “Morte aos Traidores! Fora do Euro.”
“O Comité Central do Partido e a Candidatura Nacional do PCTP/MRPP vêm comunicar que a palavra de ordem morte aos traidores foi suspensa da campanha eleitoral em curso”, lê-se num comunicado enviado à redação da TVI.
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Esta decisão "não terá o mérito de salvar os traidores do opróbrio e da morte certa que os espera”, fez questão de sublinhar Garcia Pereira.
A Comissão Nacional de Eleições já fez saber que analisa, esta quinta-feira à tarde, as várias queixas sobre o material de campanha do PCTP/MRPP. "Houve algumas queixas, o assunto está agendado para hoje [quinta-feira] à tarde, eventualmente os serviços poderão notificar o visado, mas também poderá ser entendido como uma metáfora", disse à agência Lusa o porta-voz da CNE, João Almeida. A mesma fonte frisou que a Comissão não é um órgão de censura e que, à exceção dos tempos de antena (pagos pelo Estado), normalmente não interfere com a liberdade de expressão na campanha. Em último caso, se entender que estão em causa situações de incitamento ao ódio ou de apelo à violência, a CNE remete a questão para o Tribunal Constitucional, acrescentou. João Almeida recordou que, nos últimos anos, apenas uma vez a CNE adotou este procedimento, quando durante a campanha para as eleições legislativas regionais na Madeira um partido associou o presidente do governo regional a Hitler. "Mesmo assim, o TC entendeu que eram metáforas", referiu.
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