O secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa acusou este quinta-feira o governo de coligação PSD/CDS-PP de fazer "leituras fantasiosas" de indicadores económicos, nomeadamente ao promover uma "operação de mistificação" em relação aos dados do desemprego.
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"Na realidade, o emprego atual continua inferior a 2011, em 218 mil postos de trabalho. A redução da taxa é essencialmente o resultado dos 500 mil portugueses que foram obrigados a emigrar", disse Jerónimo de Sousa.
O líder comunista frisou ainda "haver por aí um grande esforço para dar vida a uma coligação que está condenada à derrota".
"Passos Coelho (...) pediu um resultado eleitoral inequívoco nos partidos do Governo. Nós estamos convictos que o resultado eleitoral inequívoco será a sua derrota, sem apelo nem agravo", disse.
O líder comunista disse ainda existir em Portugal uma "manobra mistificadora da necessidade de uma maioria absoluta, na base do falso perigo da ingovernabilidade do país".
As críticas estenderam ao Partido Socialista, lembrando Jerónimo de Sousa que o PS governou com maioria absoluta entre 2005 e 2009: "E sobretudo, que nos lembremos o que isso significou de ataques a rendimentos e direitos dos trabalhadores", frisando que uma vitória do PS significa a continuação de uma política de direita.
No discurso de cerca de 30 minutos, o secretário-geral do PCP disse ainda que na atual legislatura o PS "votou favoravelmente a larga maioria das propostas (139 em 231)" que o governo PSD/CDS-PP apresentou na Assembleia da República, frisando que o que move Passos Coelho ou António Costa é a "estabilidade da política de direita".
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