O eurodeputado do PSD Paulo Rangel considerou este sábado «lamentável que personalidades que estiveram caladas ou foram complacentes» com o Governo relativamente ao casamento entre homossexuais ataquem o Presidente da República, considerando que o partido está «totalmente» com Cavaco Silva.
Bagão diz não à Presidência da República
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«As vozes que se levantam agora criticam o Presidente da República e não criticaram nunca os que foram promotores desta iniciativa, o engenheiro [José] Sócrates e o Governo.
Mesmo a Igreja foi altamente complacente e agora vem criticar o presidente. Até parece que Cavaco Silva é que é o autor destas iniciativas», disse à Lusa Paulo Rangel quando questionado sobre as notícias avançadas hoje que dão conta de vozes que pedem um novo candidato pelo PSD às eleições presidenciais.
O candidato derrotado nas directas para a presidência social-democrata apelidou de «lamentável» o aparecimento das críticas a Cavaco Silva sobre a promulgação da lei que permite o casamento entre homossexuais, garantindo que se revê a 100 por cento na decisão que o chefe de Estado tomou, apesar de sobre esta matéria sempre ter tido uma posição moderada.
«Parece até que tudo o que o Governo faz está bem feito e o Presidente é que é o culpado de qualquer situação com que estas pessoas não concordam», afirmou. Para Paulo Rangel, este episódio não terá qualquer repercussão «sobre o movimento amplo que em Portugal se vai gerar à volta da candidatura de Cavaco Silva» nas próximas presidenciais.
«Há de facto, no sector que apoia o professor Cavaco Silva, que é muito mais vasto que o PSD, uma ala mais conservadora que está descontente, mas eu não me revejo nada nisso e o meu apoio é 100 por cento à posição que teve o professor Cavaco Silva nesta matéria que eu julgo que defende os interesses nacionais», realçou Rangel em declarações à Lusa.
Notícias avançadas hoje por vários jornais dão conta de contactos realizados com Bagão Félix para avaliar a disponibilidade do antigo ministro das Finanças se candidatar à Presidência da República, tendo esta hipótese sido rejeitada pelo próprio.
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