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«Governo tem mais dois meses de vida»

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Conselheiro de Estado António Capucho acredita que Cavaco Silva não hesitará em dissolver o Parlamento se for esse o interesse nacional

António Capucho dá dois meses ao Governo de José Sócrates e acredita que Cavaco Silva não hesitará em dissolver a Assembleia da República se for esse o interesse nacional.

No rescaldo das eleições presidenciais que reelegeram Cavaco Silva, o conselheiro de Estado entende que já não faz sentido que o PSD precipite uma crise política e defende que o país e os outros partidos «devem deixar o PS prestar contas do que fez, ou não fez, no combate à crise e ver como a situação evolui nos próximos dois meses». Mas António Capucho está «muito pessimista».

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Em entrevista ao semanário «Sol», o autarca do PSD, demissionário em Cascais, diz que «há uma fortíssima probabilidade» de haver eleições legislativas já este ano. António Capucho confessa mesmo ter um «forte desejo de que assim seja para que haja já uma resposta de centro ou centro/direita para a governação diferente da que houve até agora». E, nesse cenário, não exclui uma coligação pré-eleitoral do PSD com o CDS-PP, isto se os sociais-democratas não tiverem a garantia de ter maioria absoluta sozinhos.

Salientando que o FMI é «muito provavelmente uma inevitabilidade» em Portugal, António Capucho diz que «não acredita minimamente» que o Governo consiga conter o défice, que a economia deixe de decrescer e que o emprego se controle. «O primeiro-ministro já não tem credibilidade. E é melhor cortar o mal pela raiz e proporcionar aquilo que o país hoje quer, que é um novo Governo», defende.

Questionado sobre se acredita que o Presidente da República alguma vez dissolverá o Parlamento, o conselheiro de Estado responde que julga conhecer Cavaco Silva «o suficiente para dizer que procurará defender os interesses nacionais mantendo este Governo em funções e a estabilidade incólume até ao fim». Mas António Capucho avisa: «Se Cavaco Silva tiver de recorrer a uma decisão tão grave como a dissolução e estiver convencido de que é do interesse nacional não vai hesitar».

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