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«Nas conversas com jornalistas jamais invoquei o nome de Cavaco»

O assessor de Cavaco fala pela primeira vez do caso das escutas

Fernando Lima, o assessor de Cavaco Silva que esteve no centro da polémica das escutas em Belém, um caso que incendiou as relações entre o Presidente da República e São Bento, falou pela primeira vez do caso.

PS: artigo de Fernando Lima é «inqualificável»

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«Começaram a correr insinuações de que haveria assessores do Presidente a colaborar na elaboração do programa eleitoral do PSD. Alguns deputados do PS insistiam publicamente na existência dessa colaboração. Tal estridência provocou permanentes tentativas de confirmação por parte dos jornalistas junto de elementos da Casa Civil da Presidência da República», escreveu no Expresso deste sábado.

«Um gesto de impaciência levou a que a resposta acabasse por ser dada sob a forma de uma pergunta: Se não há registo de participação publicam como é que sabem o que cada um faz na sua vida privada? Andam a vigiar os assessores?», acrescentou.

«Tanto bastou para dar origem a uma capa inesperada do jornal Público, que transformou uma resposta irada, ditada pelo absurdo das questões, em suspeitas gravíssimas veiculadas por fonte oficial», continuou.

«Foi então que surgiu num diário concorrente do Público a publicação de um estranho e-mail - resta saber por que caminho terá ele lá chegado... -, tão estranho e despropositado que não deveria ter suscitado mais do que um impulso de rejeição enojada por parte de todos os profissionais de jornalismo e actores políticos», insinuou.

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Fernando Lima assegura, no entanto: «Nas minhas conversas com jornalistas jamais invoquei o nome do Presidente da República sobre algo que não decorresse de intervenções públicas.»

Para o assessor de Cavaco trata-se de um caso de «manifesta infâmia» e de «grosseira violação da ética profissional dos actores de tal enredo».

«A luta política eleitoral estava no seu auge e era preciso desviar a atenção do que podia esclarecer os portugueses ou informá-los sobre a real situação do país. Aquele e-mail gerava a confusão que convinha, impedia que o assunto das escutas morresse e, maravilha das maravilhas, era a prova clara de que a Casa Civil estava na origem maléfica dos boatos», disse.

Fernando Lima caracteriza este caso como «uma teia bem urdida pelo fértil imaginário dos criadores de factos políticos».

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