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Mário Soares: descida do IVA «prestigia o país»

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Ex-presidente da República falou sobre a situação no Tibete, o que considera um «genocídio cultural»

O ex-presidente da República, Mário Soares, disse, na quarta-feira, em Barcelos que a descida do IVA, de 21 para 20 por cento, «é resultado do controlo do défice, o que prestigia o país e o Governo, na União Europeia e no mundo», informa a Lusa.

«Este Governo foi muito criticado quando teve de subir o IVA, pelo que, agora que o défice está controlado, não pode ser criticado por descer impostos», defendeu.

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Soares acentuou que «há pessoas que dizem que os aumentos de impostos estão contra os trabalhadores, mas deveriam dizer o contrário quando eles descem e quando o Governo toma medidas positivas».

Apresentação do livro de Carvalho da Silva

O ex-presidente da República falava aos jornalistas nos Bombeiros Voluntários de Viatodos, à margem da sessão de apresentação do livro do sindicalista Manuel Carvalho da Silva «Trabalho e sindicalismo em tempo de globalização, Reflexões e propostas».

No acto, além de Mário Soares participaram, ainda, Manuel Vilas Boas e muitos cidadãos da zona, a aldeia onde o líder da CGTP nasceu e cresceu.

Mário Soares, que tem posição diferente de Carvalho da Silva sobre a descida do imposto, não deixou de elogiar o sindicalista, que considerou ser «uma figura única na Europa».

«É um caso único de homem de trabalho que foi electricista, depois líder sindical e, pelo meio, concluiu o liceu, tirou uma licenciatura, fez o mestrado e até se doutorou», acentuou.

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Assim sendo, Mário Soares diz que «tem muita honra em contar com Carvalho da Silva como amigo», acentuando que «é um exemplo para todos os portugueses, pelo que merece todo o apoio pessoal».

Tibete: «tentativa de genocídio cultural»

Questionado sobre a situação no Tibete, Soares defendeu que «a União Europeia deve continuar a pressionar a China para que os direitos humanos sejam respeitados no território».

«Aquilo é, na verdade, uma tentativa de genocídio cultural», afirmou, assinalando que, e em sintonia com o que tem sido dito pelo Dalai Lama, o líder espiritual tibetano, «é importante que a China faça os Jogos Olímpicos, até porque isso trará mais abertura para o seu povo, um gosto a liberdade que interessa incentivar».

Carvalho da Silva: «é positivo»

A seu lado, Carvalho da Silva pronunciou-se, quando perguntado sobre o tema, sobre a descida do IVA, dizendo que «tudo o que seja contrariar a degradação dos salários é positivo».

«O problema não é este, é o da forma como os sucessivos orçamentos de Estado são feitos, esquecendo as políticas sociais e os direitos de quem trabalha», afirmou.

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