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F. Leite «intromete-se em caso de Justiça»

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O PS considerou, esta terça-feira, «extremamente graves» e uma «intromissão num caso de Justiça» as declarações da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, a propósito da manutenção em funções do presidente do Eurojust, Lopes da Mota.

«Tratam-se de declarações extremamente graves na medida em que configuram a intromissão de um líder político com responsabilidades em questões de Justiça (...) temos que condenar veementemente essa circunstância», disse o porta-voz do PS, Vitalino Canas, em declarações à agência Lusa.

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Sobre Lopes da Mota: «Portugal está a ser enxovalhado»

Em Rio Maior, onde participou em mais um fórum «Portugal de Verdade», Manuela Ferreira Leite considerou que o País está a ser «enxovalhado» internacionalmente com a manutenção de Lopes da Mota no Eurojust, desafiando o Governo a demitir o presidente deste organismo europeu, que está a ser alvo de um processo disciplinar por alegadas pressões sobre magistrados no caso Freeport.

«Não é possível que haja uma pessoa como o dr. Lopes da Mota, que está acusado de situações absolutamente inaceitáveis e que não perceba que não pode, não tem nenhuma condição, para se manter na situação de representação de Portugal e que não saia, que não peça a demissão», disse, considerando que, em alternativa, o Governo «tem que o demitir».

«Não é admissível que o País esteja a ser enxovalhado desta forma no estrangeiro», afirmou, considerando que a imagem externa de Portugal está a ser «totalmente afectada», pois «todos olham para nós como se fossemos um país do Terceiro Mundo».

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Para o dirigente socialista, as declarações da líder do PSD configuram uma «tentativa de pressão sobre o Procurador-Geral da República e de intromissão num caso de Justiça», tanto mais graves quando «vindas da líder do principal partido da oposição».

«Declarações de F. Leite só no Terceiro Mundo»

«Essas declarações só se compreenderiam num país do Terceiro Mundo e são completamente inaceitáveis. Só em países do Terceiro Mundo é que os principais responsáveis de partidos políticos procuram influenciar casos de Justiça e o intrometer-se funcionamento de magistraturas independentes como é o caso do Ministério Público», considerou.

Vitalino Canas defendeu ainda que «qualquer partido político ou responsável político» se «deveria abster» de se intrometer num caso que «está a ter o seu processo próprio dentro da Procuradoria-Geral da República, segundo os procedimentos normais».

«Essa responsabilidade é ainda mais intensa tratando-se da líder da oposição», comentou.

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