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Os ministros da remodelação

Severiano Teixeira é um civil entre militares. Luís Amado, conhecido por ser um diplomata, passa a ministro dos Negócios Estrangeiros. E deixa a pasta da Defesa para o ex-ministro

Nuno Severiano Teixeira, que vai ocupar pela segunda vez um cargo governativo assumindo a pasta da Defesa Nacional, é especialista em relações internacionais e foi, durante quatro anos, presidente do Instituto de Defesa Nacional.

Licenciado em História pela faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1981, com uma tese sobre «O Ultimato Britânico», Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira doutorou-se em História das Relações Internacionais Contemporâneas pelo Instituto Universitário de Florença, em 1994.

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Politicamente, Severiano Teixeira fez um percurso ligado ao PS, tendo sido porta-voz da candidatura presidencial de Mário Soares nas eleições deste ano.

Apesar de não ter filiação partidária, Nuno Severiano Teixeira disse numa entrevista em 2000, quando foi nomeado ministro da Administração Interna, que sempre se pensou «à esquerda».

Em 1994, a convite do socialista António Vitorino, ocupou o cargo de assessor do Instituto do Defesa Nacional e, dois anos depois, tornou-se o primeiro director civil daquela instituição, até 2000.

Luís Amado, um «madeirense» discreto e diplomata

A escultura é uma das paixões do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, 53 anos, «madeirense» por afinidade, e conhecido entre os amigos pelas suas capacidades natas para a diplomacia.

Porto de Mós (Leiria) foi a terra onde nasceu Luís Filipe Marques Amado a 17 de Setembro de 1953, mas é a Madeira que se destaca no seu percurso de vida.

Casado com uma madeirense, Luís Amado foi deputado regional, vereador da Câmara do Funchal (1989) e, em 1992, rumou ao continente para tomar assento na Assembleia da República pelo PS.

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Considerado um homem discreto, inteligente, responsável, Luís Amado formou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e tem um curso superior de defesa nacional.

Aos 42 anos, estreou-se nas lides governamentais no cargo de secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, entre 1995 e 1997, quando o titular da pasta era Alberto Costa.

No segundo Governo do socialista António Guterres transita para as Necessidades, substituindo José Lamego no cargo de secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, tornando-se o «número dois» de Jaime Gama (a aproximação entre ambos aconteceu na década de 1980 quando o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros tentou a sua sorte na corrida à liderança do PS).

Ministro da Defesa há pouco mais de um ano (desde 12 de Março de 2005), Luís Amado teve um consulado tranquilo, com duas excepções: o braço-de-ferro entre o governante e as associações de militares a propósito das alterações ao sistema de saúde castrense e alteração da idade de reforma e o processo que conduziu à elaboração da proposta de revisão da Lei de Programação Militar (LPM), que a guarda agora aprovação pela Assembleia da República.

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