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Grécia: PCP diz que é legítima a leitura de «subserviência» do Governo português

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«A ministra das Finanças pôs-se a jeito», considera Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo Sousa, afirmou este domingo que o Governo sempre alinhou com o que de pior houve nas orientações europeias e é legítima a leitura de subserviência à Alemanha, «porque a ministra das Finanças pôs-se a jeito».

«Nenhum de nós sabe o que se passou no Eurogrupo, mas é bom lembrar que neste processo de intervenção das ‘troikas’, designadamente no nosso país, perante os ditames da União Europeia e do seu diretório, Passos Coelho afirmou na altura que o seu programa era o programa da ‘troika’, e que, custe o que custar, esse programa tinha de ser concretizado», afirmou.

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Sobre a notícia de um jornal alemão de que a ministra das Finanças havia sugerido dureza de posições à Alemanha na negociação com a Grécia e o desmentido da governante portuguesa, o líder do PCP comentou que «há uma identificação clara e um alinhamento» do Governo português com as posições alemãs.

«A ministra das Finanças pode dizer que não disse nada, mas ao longo deste processo mostrou um claro alinhamento. Parecia o mais devoto defensor desse diretório e, particularmente, da Alemanha e de uma coisa não se livra: foi ter-se posto a jeito na célebre fotografia em que parecia a aia do senhor», disse.

Jerónimo Sousa falava aos jornalistas após a inauguração da nova sede do PCP em Águeda, onde defendeu a ideia de que, mais do que uma atitude de subserviência, o posicionamento do Governo tem a ver com a sua própria sobrevivência.

«O Governo não pode ver cair por terra toda a sua argumentação que levou a tantos sacrifícios para o povo português, a tanto esbulho, a tanto corte, a tanto roubo e, de repente, alguém dizer que o rei vai nu», declarou.

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Para o líder do PCP, o Governo «sempre alinhou com o que de pior teve a orientação da União Europeia e com as posições dos seus mandantes, particularmente da Alemanha, e nesse sentido é legítima a leitura da ideia de subserviência mas, simultaneamente, ligada à ideia da sobrevivência» do executivo de Passos Coelho.

«Este Governo e a ministra das Finanças, no quadro do Eurogrupo, sempre tiveram um alinhamento de abdicação do interesse nacional, sempre se identificaram com os objetivos particularmente dos alemães e, nesse sentido, é fácil inclinarmo-nos para a leitura de um Governo que não é solidário com seu povo e com outros povos que estão a passar por dificuldades tremendas, devido a esta orientação das instituições da União Europeia», completou.

Questionado sobre a possibilidade deixada em aberto em declarações à Rádio Renascença pelo antigo líder da CGTP-IN, Carvalho da Silva, de se candidatar às presidenciais, Jerónimo Sousa sublinhou que, para o Partido Comunista Português (PCP), a questão daquelas eleições não é a atual prioridade.

«Antes temos de travar a importante batalha das eleições legislativas. Ainda assim, sem querermos manifestar nenhuma intenção em relação a putativos candidatos, o que podemos dizer é que em devido tempo o PCP dará uma contribuição para que na Presidência da República seja colocado alguém que concretize o juramento solene de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República», respondeu.

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