O secretário-geral do PCP relacionou a abstenção normalmente registada nas eleições autárquicas com alguma «falta de resposta aos problemas das pessoas», mas considerou que a participação é sempre preferível à desmobilização.
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas pouco depois das 11h00, após ter votado no Grupo Desportivo de Pirescoxe, Santa Iria da Azóia.
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O líder comunista defendeu que «é importante a participação» dos cidadãos nas eleições autárquicas, sublinhando o «papel valorizado» do poder local no actual momento «difícil no plano económico e social».
«As autarquias podem não resolver definitivamente, porque isso tem a ver com o poder central em muitos casos, mas dar uma contribuição para uma vida melhor», sustentou, salientando que as eleições deste domingo são «uma forma de expressar aquilo que foi uma das conquistas do 25 de Abril, o poder local democrático, ao serviço das populações, que fez transformações profundas em cada terra e no país».
Questionado sobre a abstenção neste acto eleitoral ¿ em 2005, 39,08 por centos dos eleitores não votaram ¿ Jerónimo de Sousa referiu que a realidade em Portugal «não é alarmante» e é semelhante à do resto da Europa, mas considerou que «muitas vezes a falta de resposta aos problemas que as pessoas sentem leva-as à desmobilização».
No entanto, destacou, «o melhor caminho é sempre da participação e não da desmobilização».
Jerónimo escusou-se a comentar o caso do homicídio na Junta de Freguesia de Ermelo, mas apelou a que «as eleições decorram tal como a campanha eleitoral, num quadro de normalidade democrática».
Depois da votação, o líder comunista vai ter um almoço de família, dirigindo-se mais ao final da tarde para a sede do PCP, em Lisboa, «para acompanhar a evolução dos resultados eleitorais».
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