Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP e candidato da CDU às legislativas, criticou, esta quarta-feira, Paulo Portas em matéria de Segurança. Jerónimo de Sousa visitou o Comando Distrital da PSP de Santarém e, à saída da reunião, disse não compreender como Portas pode votar de uma forma na Assembleia da República e depois vir «aqui d¿el Rei», dizer que os criminosos são soltos rapidamente.
«Acho uma aberração que o doutor Paulo Portas tenha, na Assembleia da República, votado a favor deste laxismo, em termos de prisão preventiva, em termos de prazos, e depois venha criticar que os criminosos são soltos com muita facilidade. Não bate a cara com a careta», acusou.
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No fim da visita ao Comando da PSP de Santarém, Jerónimo de Sousa considerou que «a vida está a demonstrar as preocupações que demonstramos e até os normativos que nos levaram a votar contra» o Código do Processo Penal.
Jerónimo defendeu ainda que é preciso rever o «plano de investimento das forças policiais» e reforçar os efectivos. «Existem muitos agentes à beira da reforma, sem a devida entrada de novos polícias que venham colmatar essa falta de efectivos», denunciou, acrescentando que a promessa do Governo para colocar nos serviços administrativos da polícia funcionários públicos em regime de mobilidade especial não se está a concretizar.
O líder do PCP deixou ainda um alerta: «a crise e o desemprego vão continuar a aumentar e, sempre que isso acontece, há um aumento de impunidade». Por isso, Jerónimo de Sousa insiste na defesa de «uma polícia de proximidade».
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