Durante mais de uma hora, Jerónimo de Sousa percorreu as ruas de Alcácer do Sal, esta sexta-feira de manhã, distribuindo beijinhos, apertos de mão e sorrisos. Junto à Câmara, viveu um dos momentos mais altos da arruada: muitos funcionários vieram à janela e mesmo à porta, para cumprimentar Jerónimo de Sousa.
A autarquia está em mãos socialistas desde 2005 e, também por isso, Jerónimo sentiu-se comovido com o carinho. «Reparem, não deve ser fácil estas funcionárias da Câmara estarem no seu serviço e virem à porta e à janela cumprimentarem-nos», notou.
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Acompanhado por algumas dezenas de apoiantes, Jerónimo recebeu um convite para almoçar, no restaurante «O Quintalinho», e até ouviu um poema. O poeta popular Manuel António Gonçalves, 75 anos, dedicou-lhe longos versos, que o líder do PCP ouviu com atenção.
Ainda em Alcácer, Jerónimo de Sousa ouviu queixas dos comerciantes, que vinham à porta das lojas, propositadamente para o cumprimentar. «Isto está mau», disseram-lhe muitos. António Bolana, eleito pela CDU para a Assembleia Municipal, em Alcácer do Sal, foi o cicerone. E explicou que, no mesmo largo onde terminou a arruada da CDU, houve, um dia antes, um protesto de agricultores insatisfeito com a política agrícola da autarquia. E ainda se podiam ver os cartazes de protesto que os manifestantes deixaram no edifício da Câmara.
Pouco depois, Jerónimo almoçou em Grândola, um dos mais significativos bastiões comunistas, mas que também está em mãos socialistas, a nível autárquico, há dois mandatos. No discurso que antecedeu o repasto (vasto, como se quer em terras alentejanas), Jerónimo de Sousa voltou a apontar baterias a Sócrates. Acusou-o de ter «problemas de ouvidos», queixando-se que o actual primeiro-ministro não ouve as propostas da CDU.
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