Portugal no centro da Europa. Será assim até final do ano e isso mesmo fez-se sentir nesta segunda-feira na cidade do Porto, com as primeiras reuniões formais a realizarem-se no antigo edifício da Alfândega. O primeiro-ministro, José Sócrates, era a face do optimismo nacional, apontando as linhas estratégicas iniciais.
Desde logo, surge no topo da agenda a cimeira União Europeia/Brasil, com a presença do presidente Lula da Silva em Lisboa. Um encontro ao mais alto nível que «não foi fácil» de agendar, conforme referiu à chegada ao Porto. «Esta cimeira entre a União Europeia e Brasil não caiu do céu, sendo antes o resultado de uma estratégia planeada e de um intenso trabalho da presidência portuguesa», frisou.
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«Quarta-feira, teremos em Lisboa o chefe de Estado brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, para participar na primeira cimeira histórica entre a União Europeia e o Brasil. Esta cimeira não caiu do céu e foi preparada há já oito ou nove meses», vincou, sublinhando a importância de um encontro que servirá de ponte para novos entendimentos.
Diálogo com África
Ainda antes dessa cimeira com o Brasil, José Sócrates viaja já nesta segunda-feira para o Gana, juntamente com Durão Barroso, para participar na Cimeira com a União Africana, onde irá preparar o encontro de alto nível que irá acontecer em Dezembro em Portugal.
«Hoje mesmo, parto para o Gana, para Acra, onde participarei numa cimeira da União Africana. Esse convite é já uma consequência das prioridades portuguesas da União Europeia e também o reconhecimento dos países africanos da importância de diálogo com a Europa», disse.
Primeiras reuniões
José Sócrates chegou ao edifício da Alfândega, no Porto, com um atraso de dez minutos, tendo recebido o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, pouco depois.
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O dia começou bem cedo. Logo às 9h, cumpriu-se a primeira reunião de grupos de trabalho, que se estendeu por duas horas. Houve ainda tempo para um momento social, com a tradicional foto de família junto ao rio Douro, à qual se seguiu a reunião plenário. Até ao fim da manhã estão previstos dois grandes momentos: a cerimónia de assinatura do QREN e a conferência de imprensa com o primeiro-ministro e o presidente da Comissão.
Importância do QREN
O primeiro-ministro aproveitou, aliás, para sublinhar a importância da assinatura do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que, recorde-se, já tinha sido negociado atempadamente.
«A assinatura do QREN será um momento simbólico. Apesar de termos a negociação muito adiantada, decidimos fazer agora a assinatura, simbolizando o início da presidência portuguesa. Queremos fazer do QREN um instrumento de desenvolvimento, baseando as prioridades nacionais nas prioridades da União Europeia», frisou.
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