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José Sócrates garante que não se vai calar sobre a política, apesar de não se querer envolver de novo. “Não, não não”, garantiu o ex-governante, na segunda parte da entrevista exclusiva transmitida no Jornal das 8 da TVI.
“Não, não passou, não passou. Se era essa a motivação, estavam equivocados. Agora, não me vou calar sobre a política, não, isso não vou fazer”.
Direito e legitimidade foram, de resto, palavras bastante usadas pelo socialista, tanto na primeira parte da entrevista, como na segunda: a falta dela, no caso da sua prisão e da ausência da acusação e sobre essa “legitimidade constitucional” do Governo PS.
“Nem compreendo como é que alguém pode, no seu bom juízo, numa cultura democrática, aceitar separar a legitimidade política da legitimidade constitucional. Não, em democracia só há uma legitimidade, a legitimidade constitucional”.
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“Não é primeiro-ministro vírgula, é primeiro-ministro ponto final” Reafirmando que o Governo de António Costa “tem toda a legitimidade democrática”, Sócrates avisa: quem quiser pôr em causa as regras do jogo vai pôr em causa as regras da constituição, um caminho absolutamente horrível”.
“Por isso, é muito importante que a direita meta na sua cabecinha isto: não é primeiro-ministro vírgula, é primeiro-ministro ponto final.”
Apesar das dificuldades que o Executivo enfrenta, com um caminho ”difícil, delicado e exigente”, Sócrates diz ver com prazer o ministro das Finanças contrariar “esta conversa política que já ninguém atura de toda a direita pela Europa”, de que “primeiro temos de produzir e depois distribuir. Isto é falso”.
Presidenciais “Não sei em quem vou votar”“Nunca tive simpatia pelo kitsch político, por aqueles que gostam de agradar a todos os auditórios, dizem uma coisa num auditório e outra noutro, isso tudo é um decor que passará rápido.”
“Acho que há aqui uma tendência que é muito favorável a Marcelo Rebelo de Sousa, que é transformar estas presidenciais numas eleições de segunda ordem. Isso é um erro. E acho que o Partido Socialista deveria refletir sobre isso. O PS não pode ficar ausente destas presidenciais”
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