NOTÍCIA ACTUALIZADA
A dúvida sobre o futuro do TGV em Portugal está esclarecida. O PSD queria saber e José Sócrates respondeu. «O futuro Governo estará completamente livre para fazer a adjudicação, assinar o contrato e assinar as bases de concessão», disse o primeiro-ministro no Parlamento durante a moção de censura apresentada pelo CDS-PP.
PUB
País «cansado da arrogância» de Sócrates
A frase de Sócrates surge após uma questão concreta de José Pedro Aguiar Branco, que substituiu Paulo Rangel no lado dos sociais-democratas. O vice-presidente, que na véspera tinha acusado Mário Lino de ser ambíguo sobre este assunto, queria saber se o primeiro-ministro podia «garantir que o futuro Governo terá toda a liberdade para decidir sobre o TGV, sem constrangimentos».
José Sócrates foi directo: «Consideramos uma irresponsabilidade parar esse projecto, porque isso teria custos significativos para o país, mas por escrúpulo democrático todas as decisões relevantes neste concurso serão tomadas pelo próximo Governo».
Mas, como sempre, houve troca de acusações. Aguiar Branco sugeriu que o Governo tinha duas caras e o primeiro-ministro relembrou o passado: «É preciso descaramento para falar em duas caras no momento em que fala no TGV, pois o senhor foi ministro de um Governo que assinou um compromisso para a construção de cinco linhas de TGV. Estariam prontas em 2009 imagine-se. É preciso descaramento para vir falar de duas caras».
PUB
Importância para o país
Aos jornalistas, já foram da sala de plenário, José Sócrates considerou que «abdicar do projecto de TGV será prejudicial para o país». Na sua perspectiva, Portugal «não pode perder a oportunidade de ficar ligado à rede de alta velocidade, isto numa altura em que o pode fazer com a ajuda de fundos comunitários».
Para o primeiro-ministro, a questão é simples: «Temos de escolher se queremos a nossa estação de TGV em Badajoz ou em Lisboa».
PUB