O ex-autarca socialista, Luís Vilar, começa esta terça-feira a ser julgado, em Coimbra, por corrupção passiva, abuso de poder, tráfico de influências e financiamento partidário ilícito, enquanto o dono da Bragaparques, Domingos Névoa, responde por corrupção activa.
O antigo vereador da Câmara de Coimbra, que é também arguido no caso CTT, cuja instrução do processo começou na segunda-feira em Lisboa, responde em Coimbra por cinco crimes, sendo o mais grave o de corrupção passiva, adianta a Lusa.
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Vilar é acusado de ter recebido 50 mil euros do empresário Domingos Névoa, em Março e Abril de 2002, alegadamente a troco da viabilização, enquanto vereador camarário, da junção de dois lotes que permitiu à Bragaparques aumentar o número de lugares num parque de estacionamento construído no centro da cidade.
O ex-líder concelhio do PS de Coimbra é ainda acusado do crime de abuso de poder por alegadamente ter beneficiado de contactos e conhecimentos resultantes do exercício das funções autárquicas numa empresa onde foi consultor.
Segundo a acusação, Vilar terá também feito valer a sua condição de autarca para sensibilizar os colegas da vereação para o avanço célere de projectos de uma associação detentora da Universidade Vasco da Gama, em Coimbra, da qual era presidente.
O autarca é igualmente acusado pelo crime de tráfico de influências alegadamente por ter recebido de um construtor civil com interesses do município donativos para a campanha autárquica, em 2005.
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