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Portugal: «Uma República de marajás»

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Louçã classificou o caso dos administradores do Banco de Portugal que contraíram empréstimos para si próprios

O coordenador da Comissão Política Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, classificou, hoje, o caso dos administradores do Banco de Portugal que contraíram empréstimos para si próprios como «uma República de marajás».

«No Banco de Portugal se faz o que em nenhum outro banco se pode fazer que é o administrador, porque decide, ser beneficiário de um empréstimo do próprio banco», disse Francisco Louçã na conferência de imprensa de encerramento das Jornadas Sociais/2007 do BE-Madeira.

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«Não vou discutir a legalidade ou ilegalidade mas quero acentuar a falta de sensatez: então os administradores do Banco de Portugal querem, para si próprios, aquilo que eles, como supervisores dos outros bancos, têm que proibir aos outros bancos?», questionou. «Isto é a república de marajás e é um abuso totalmente injustificado», comentou.

«Nós criamos uma casta, um grupo pequeno de algumas dezenas de administradores nesses vários bancos, que tratam desses negócios como se fossem coisa deles porque é muito fácil decidir assim», denunciou.

Verberou estas situações de facilitismos num momento em que, como realçou, «os juros vão subindo, que as dificuldades das famílias são maiores, que as pessoas dependem mais dos bancos e para uma vida inteira».

Condenou igualmente a fusão do BPI com o BCP bem como o perdão de dívidas a este banco por parte do filho de Jardim Gonçalves.

Denunciou ainda que a Madeira não vai receber do Orçamento de Estado 61 milhões de euros devido a Lei de Finanças Regionais «e deveria receber» mas sublinhou também «o País não recebe e devia receber, por causa dos negócios na Zona Franca da Madeira, são 1.760 milhões de euros, trinta vezes mais do aquilo que não é pago pelo Orçamento à Madeira».

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