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BPN: «Valeu a pena lutar» pela comissão de inquérito

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Defendeu o líder parlamentar do Bloco de Esquerda

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda afirmou esta quinta-feira que «valeu a pena» a sua bancada ter lutado pela constituição de uma comissão de inquérito abrangendo a nacionalização e a reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN).

Luís Fazenda falava aos jornalistas no final da reunião da conferência de líderes, que durou três horas e meia, mas permitiu um consenso em torno de um texto comum sobre a constituição de uma comissão de inquérito, com caráter potestativo, sobre o BPN.

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No início deste mês, o Bloco de Esquerda apresentou um requerimento para votação sobre a constituição de uma comissão de inquérito sobre o BPN, mas a iniciativa foi chumbada com os votos contra do PSD e abstenção do CDS.

Perante a decisão da conferência de líderes de hoje, Luís Fazenda considerou que «valeu a pena lutar pela constituição de uma comissão de inquérito ao BPN, desde a sua nacionalização até à anunciada reprivatização».

«O povo português tem o direito de saber para o que tem estado a contribuir. Aquele buraco financeiro significa muitos sacrifícios para muitos portugueses», disse.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda referiu ainda que a comissão de inquérito agora acordada tem um caráter potestativo, sendo «iniciativa» da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.

«Estão garantidas as condições para a realização de uma investigação aturada sobre toda a verdade do processo BPN.

Nesse particular, o Bloco de Esquerda sente-se recompensado, porque antes apresentou uma proposta para uma comissão de inquérito que a maioria chumbou. Mas agora, até por consenso, a maioria acaba por aderir à constituição de uma comissão de inquérito que já tramitou pela mão da presente da Assembleia da República», acrescentou.

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Já o PCP considerou que o consenso em torno da constituição de uma comissão de inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN) abre uma nova etapa no apuramento da verdade sobre o «descalabro» financeiro deste banco.

Bernardino Soares, líder parlamentar comunista, falava aos jornalistas após uma reunião da conferência de líderes, que durou cerca de três horas e meia e que permitiu um consenso em torno do texto da futura comissão de inquérito com carácter potestativo sobre o BPN.

«O PCP congratula-se por ter sido possível chegar-se a um consenso sobre o objeto e a formação da comissão de inquérito, que mantém os direitos potestativos. Abre-se agora uma nova etapa que é a de procurarmos que a comissão de inquérito vá fundo na análise de um negócio à volta do BPN, que já leva muitos milhares de milhões de euros do erário público e que os portugueses precisam de conhecer de quem é a responsabilidade por esse descalabro», afirmou Bernardino Soares.

Segundo o líder parlamentar do PCP, é preciso apurar os motivos que levaram a que «tanto dinheiro fosse empenhado no BPN».

Interrogado sobre o motivo de a reunião da conferência de líderes ter demorado três horas e meia, o presidente da bancada comunista deu a seguinte resposta: «Às vezes os consensos dão trabalho».

«E este consenso foi particularmente trabalhoso», acrescentou.

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