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A candidatura do socialista Ferro Rodrigues à presidência da Assembleia da República foi assinada pelo número máximo de preponentes, 46 deputados, sendo os dois primeiros signatários o secretário-geral e presidente do PS, respetivamente António Costa e Carlos César.
De entre os nomes que assinam o documento de formalização da candidatura, a que a agência Lusa teve acesso, estão, por exemplo, eleitos da anterior direção do grupo parlamentar socialista, figuras do Secretariado Nacional socialista, presidentes das federações do partido e cabeças de lista de vários distritos.
Também nomes ligados à anterior direção do PS, como Eurico Brilhante Dias, ou o deputado Sérgio Sousa Pinto, que recentemente se demitiu do Secretariado Nacional, integram a lista de preponentes.
O secretário-geral do PS propôs na quinta-feira, durante a reunião com o seu novo Grupo Parlamentar, o antigo líder socialista Ferro Rodrigues como candidato a presidente da Assembleia da República.
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A eleição do presidente da Assembleia da República está prevista para a tarde de hoje, na primeira sessão plenária da presente legislatura.
As candidaturas para Presidente da Assembleia da República devem ser subscritas por um mínimo de um décimo e um máximo de um quinto do número de deputados - os tais 46 parlamentares, que no total são 230, estabelece o Regimento do parlamento.
O PSD, entretanto, acusou o PS de querer travar " mais uma das boas tradições" da democracia portuguesa, a de eleger presidente da Assembleia da República o candidato proposto pelo partido mais votado.
PSD e CDS aprovam por unanimidade candidatura de Negrão"Não há nenhuma altura na nossa história democrática em que não tenha sido esse partido a propor e fazer aprovar o presidente da Assembleia da República. É mais uma das boas tradições da nossa democracia que o PS quer travar e inverter"
Luís Montenegro, disse aos jornalistas, após uma reunião conjunta com a bancada do CDS que foi "aprovada por unanimidade e aclamação" a candidatura de Fernando Negrão, antigo diretor da Polícia Judiciária e que presidiu na anterior legislatura à comissão de Assuntos Constitucionais e à comissão de inquérito ao BES.
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A candidatura de Negrão, que concorre contra o candidato proposto pelo PS, Eduardo Ferro Rodrigues, faz cumprir uma "tradição de 40 anos em Portugal", frisou Montenegro, referindo-se à ao facto de o presidente da Assembleia ser oriundo da bancada do partido maioritário no hemiciclo.
Luís Montenegro enalteceu Negrão:
"Uma individualidade, um deputado que é reconhecido por todas as bancadas por ter capacidade de diálogo e compromisso, de isenção, de imparcialidade, de conhecimento parlamentar, jurídico-constitucional"
"Em toda a história da nossa democracia, de governos maioritários e governos minoritários, o presidente da Assembleia da República foi sempre um deputado indicado pelo grupo que obteve mais deputados"
"Isso aconteceu porque PSD e CDS respeitam uma coisa muito simples, que é a democracia e o voto dos portugueses. Espero que à tarde isso possa acontecer e termos um presidente da Assembleia da República e não de parte da Assembleia da República"
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