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Greve geral: os sectores que vão «congelar»

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Finanças, tribunais, escolas, hospitais e serviços municipais

A greve da Função Pública, convocada para sexta-feira, deverá encerrar tesourarias e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços municipais, segundo os sindicatos, que acreditam que esta será «uma das melhores greves de sempre».

A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, afirmou à Lusa que, tendo em conta os muitos plenários e reuniões feitas com os trabalhadores, «as expectativas de adesão à greve são as melhores, tanto em sectores em que normalmente se registam elevadas paralisações como em sectores em que nem sempre se faz greve».

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Justiça sofrerá consequências, embora os magistrados não estejam envolvidos

A sindicalista referiu o caso dos tribunais, muitos dos quais deverão encerrar devido à adesão dos funcionários judiciais, embora os magistrados não estejam envolvidos no protesto.

Ana Avoila lembrou que várias associações sócio-profissionais fizeram questão de enviar moções de solidariedade e apoio aos sindicatos que marcaram a greve, apesar de não terem aderido a ela, como o sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a Associação Sindical dos funcionários de Investigação criminal.

A dirigente da Frente Comum prevê que muitas repartições de finanças e tesourarias venham a encerrar devido à greve, assim como serviços de atendimento da segurança social.

Saúde também vai «parar»

Na saúde e na educação, as perspectivas também são elevadas, até porque desta vez a paralisação vai envolver todos os profissionais de ambas as áreas, tendo em conta que os médicos e os professores também aderiram.

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No instituto de Meteorologia também é esperada uma boa adesão à greve.

Greve reserva algumas surpresas

Ana Avoila disse ainda que poderão surgir algumas surpresas sexta-feira, ao nível de impacto da greve, nas várias inspecções e nos serviços centrais dos ministérios, embora os seus efeitos sejam pouco visíveis para o exterior.

Francisco Santos Braz, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração (STAL), um dos maiores que integra a Frente Comum (CGTP), disse no final de um plenário realizado hoje no norte do país, que a mobilização dos trabalhadores para a greve é muito forte e, por isso, acredita que muitos serviços municipais vão encerrar.

O sindicalista prevê que a maioria dos serviços das autarquias sejam afectados pela greve de sexta-feira mas deverá ser a recolha de lixo a ter efeitos mais visíveis, como é habitual.

Transportes «congelados»

Os transportes municipalizados (Coimbra, Barreiro, Braga e Aveiro), segundo Santos Braz, também deverão ficar quase parados devido à grave da função pública.

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O coordenador da Frente Sindical da Administração Pública (UGT), Nobre dos Santos, é mais moderado no seu entusiasmo mas confirmou que a mobilização é grande entre os trabalhadores.

O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço,també prevê uma boa adesão à greve embora considere que muitos trabalhadores estão receosos com a possiblidade de serem colocados em situação de mobilidade especial.

Este sindicalista da UGT considera que os efeitos da paralisação, ao nível dos quadros e técnicos, serão mais visíveis nos serviços com atendimento público, nomeadamente no Instituto de segurança Social e no Centro Nacional de Pensões.

As três estruturas sindicais da administração pública marcaram esta greve conjunta «contra a intransigência do Governo nas negociações salariais», um ano após a realização da última paralisação conjunta, pelo mesmo motivo.

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