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Marcelo destaca "incessante trabalho" de António Torrado na promoção da leitura

O escritor português António Torrado, autor de mais de uma centena de obras literárias, em particular para a infância, morreu esta sexta-feira em Lisboa, aos 81 anos

O Presidente da República lamentou esta sexta-feira a morte do escritor António Torrado, destacando o seu “incessante trabalho” na promoção e divulgação do livro e da leitura.

Muito ativo como pedagogo (na Fundação Calouste Gulbenkian ou na Escola Superior de Teatro e Cinema), mas também como dramaturgo (colaborando nomeadamente com o Teatro da Comuna), devemos-lhe um incessante trabalho de divulgação e promoção do livro e da leitura”, lê-se numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República.

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Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que António Torrado foi “um dos poucos autores” que todos associavam à literatura infantil, notando que o escritor revelou um “gosto pelo lúdico, o lírico, o histórico e o didático, bem como um especial interesse pelos contos tradicionais”.

Manifestando o “reconhecimento de muitas gerações”, o Presidente da República apresentou as condolências à família de António Torrado, de quem era amigo.

Ministra da Cultura recorda "nome maior" da literatura

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, recordou esta sexta-feira o escritor António Torrado como um “nome maior” e uma “referência incontornável” da literatura.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do escritor António Torrado (1939-2021), poeta, ficcionista, dramaturgo e nome maior da literatura infantojuvenil portuguesa”, lê-se numa nota divulgada pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais.

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A governante classificou também o autor como “mestre da língua portuguesa”, destacando o seu sentido de humor e empatia “únicos”.

Para Graça Fonseca, António Torrado “é uma referência incontornável da literatura portuguesa das últimas décadas”, com uma “notável obra” que é testemunho “do valor transformador da imaginação e da fantasia” e da memória, constituindo ainda um repositório da tradição literária portuguesa.

Através dos seus textos, o passado, o presente e o futuro da literatura portuguesa comunicam permanentemente, numa obra que ensinou muitos a ler e, mais do que isso, a sonhar e acreditar na realidade mágica dos mundos criados a partir das páginas e da tinta”, acrescentou, prestando condolências à família e amigos do autor.

O escritor português António Torrado, autor de mais de uma centena de obras literárias, em particular para a infância, morreu hoje em Lisboa, aos 81 anos, revelou à Lusa o escritor José Jorge Letria.

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Segundo José Jorge Letria, que disse ter perdido um amigo de mais de 50 anos, António Torrado morreu em casa, em consequência de doença prolongada.

Poeta e dramaturgo premiado, antigo professor do ensino secundário, António Torrado esteve desde cedo ligado à pedagogia, à produção literária para os mais novos, à recuperação e reinterpretação do conto tradicional e à promoção da leitura.

António Torrado nasceu em Lisboa, em 1939, formou-se em Filosofia em Coimbra e dedicou-se ao ensino na década de 1960, até ser afastado por motivos políticos.

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