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O Partido Socialista acusa o Governo e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de uma “utilização da máquina do Estado” ao serviço do PSD e do CDS. O socialista Marcos Perestrello criticou, esta segunda-feira, “ a abertura e o fecho de embaixadas em debandada” e o relatório do Tribunal de Contas sobre a privatização da REN e da EDP, considerando que se tratam de exemplos de uma política de “clientelismo”.
Depois de o semanário “Expresso” ter noticiado, no sábado, a colocação de chefes de gabinete do Governo para postos diplomáticos que tinham sido encerrados, o PS veio esta segunda-feira afirmar, pela voz de Marcos Perestrello, que estas nomeações constituem um “escândalo” e “a vergonha do país”.
“O fecho e a abertura de embaixadas deixou de ser ditado pelo interesse nacional para ser feito ao abrigo dos interesses dos membros dos gabinetes do Governo e do próprio primeiro-ministro. A abertura de embaixadas para colocação de chefes de gabinetes de um Governo em debandada é um escândalo em qualquer parte do mundo e a vergonha do país.”
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“Os pedidos governamentais conhecidos recentemente, feitos por gabinetes do Governo aos serviços do Estado sob sua tutela, sob a sua direção, para analisarem o programa eleitoral do PS constitui uma violação grave das regras democráticas e das leis da República e não se tratou de um caso isolado.”
"Segundo este relatório, o processo traduziu-se em elevados prejuízos para o Estado e é imperativo que o Governo preste esclarecimentos sobre o seu papel na escolha destes consultores."
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