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A polémica veio para ficar e como uma sombra paira sobre a reta final desta campanha: Maria de Belém foi um dos 30 nomes que mandou travar a suspensão das subvenções vitalícias dos políticos, mas a candidata considera que este é um não assunto. À entrada para um almoço-comício em Lisboa, a ex-presidente do PS admitiu que a polémica "pode ser muito prejudicial" para a sua candidatura e que pode "perder votos". Ainda assim, garantiu que prefere "não perder a coerência".
"Pode ser muito prejudicial para a minha candidatura. [...] Perder votos todos podemos perder, mas aquilo que não quero perder é a minha coerência. Não abdico de defender a minha coerência e de afirmar que lutarei bem pelos dos outros se também lutar pelos meus direitos."
"Não viro a cara a debates quando eles são difíceis. Podem ser muitos os ataques e as acusações, mas sei para onde vou, por onde vou e sei que não vou por aí."
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"Defendo e farei cumprir a constituição. Não é quando é agradável, não é assim assim, é sempre, em qualquer circunstância."
Homenageando o histórico socialista Almeida Santos, que apoiava a sua candidatura eque morreu na segunda-feira à noite, Maria de Belém lembrou que o presidente honorário do PS "bateu-se sempre pela dignificação da atividade política".
Mas o discurso mais acalorado foi mesmo o de Manuel Alegre que, juntamente com os socialistas Jorge Coelho e Marcos Perestrello, marcou presença neste encontro.
Também a propósito da questão das subvenções, o histórico socialista fez questão de mostrar o seu apoio "contra o inferno populista que ataca a sua candidatura, que ataca os políticos e a Democracia".
"Quando o Tribunal Constitucional cortou as subvenções toda a gente bateu palmas. [...] Por que é que se atacam os políticos? Não há Democracia sem políticos."
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O apoiante de Maria de Belém não tem dúvidas: não quer um candidato que "represente apenas a esquerda", "uma parte dos portugueses". "Maria de Belém será a Presidente de todos os portugueses".
Antes, Jorge Coelho também tinha tomado a palavra para vincar o seu apoio à candidata. Sem aprofundar o tema das subvenções, o socialista preferiu enaltecer as qualidades da candidata que apoia - "a única que oferece garantias, devido à experiência política, às causas abrangentes e à sua generosidade."
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