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PSD: dois candidatos e mais alguns à porta

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Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho avançam. Menezes tem fresta aberta para nova candidatura. E Ferreira Leite, Rio ou Marcelo? A novela do PSD tem novo episódio, já a seguir

Agora são dois: Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho. Podem ser três, ou mais, e até o demissionário Luís Filipe Menezes, que ontem bateu com a porta e anunciou eleições, pode recandidatar-se nas directas que o próprio convocou, esta quinta-feira, dizendo estar cansado dos «iluminados», que lhe fazem «guerra permanente».

Afinal, como disse Ribau Esteves, citando o carismático capitão do F.C. Porto João Pinto, «prognósticos só no final do jogo», até porque «é preciso dar tempo para saber qual vai ser a decisão do presidente do partido, se vai ser candidato ou não».

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Com a fresta aberta, o PSD vive momentos de incerteza: a demissão do líder gerou múltiplas reacções e já precipitou duas candidaturas, mas mais podem vir - nos bastidores os nomes de Manuela Ferreira Leite, Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa continuam a ser ventilados. Dos próprios, nem uma palavra até agora: a estratégia é aguardar.

Mas não para Pedro Passos Coelho, ex-vice-presidente de Marques Mendes, a sua candidatura não está, no entanto, dependente dos «naipe de candidatos» que se possa apresentar. E garantiu esta sexta-feira, ao final da tarde, que não irá desistir em prol de nenhum outro candidato. «Não vim brincar às candidaturas», disse na sede do PSD, ao final desta tarde, garantindo ainda que já reuniu apoios para se lançar na corrida, mas que espera congregar outras simpatias. Porque é preciso unir o partido. «Porque o país precisa do PSD».

Se Menezes for candidato, Santana está ao seu lado

Ao contrário do secretário-geral, que parece ter a chave para a incerteza do futuro do líder demissionário, mas não a revela, Santana Lopes garantiu esta manhã, à saída do hemiciclo, que não sabe se Menezes poderá reconsiderar as suas duras declarações de abandono. Mas se o fizer, garantiu, tem a solidariedade e o apoio do líder do grupo parlamentar.

Está ao lado do líder, mas advertiu que, após as palavras de ontem, que ainda hoje ecoam - «Não estou na corrida!» - é preciso «clarificar» a situação. «Depois do que aconteceu ontem, a situação tem de ser clarificada em termos de definitivos. Se for preciso nova declaração» [de Menezes], garantiu Santana Lopes, o momento oportuno para falar pode ser o Conselho Nacional, que irá marcar oficialmente as directas, e que ocorrerá na próxima. Sobre o timing, aliás, Ribau Esteves concorda com Santana: «Temos de esperar, tudo ficará claro no Conselho Nacional».

Luís Filipe Menezes vai esta sexta-feira ao Jornal das 9 da SIC Notícias: a entrevista estava agendada para ontem, mas foi cancelada. Em vez de se dirigir para Carnaxide, o líder foi à sede do partido apresentar a sua demissão e convocar eleições. Daí partiu para um jantar partidário, em Sintra, onde fez um longo discurso eleitoral, culpou os «iluminados» pela crise e pela interrupção da sua liderança, e avisou que, nas próximas semanas, vai estar na «batalha» para que os militantes se empenhem nas eleições e não deixem que o PSD «ande para trás».

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